28 de junho de 2007

Quem é que lhe espeta um murro nas trombas?

Eu não acredito que alguém consiga ver este video até ao fim sem ficar com uma imensa vontade de aniquilar o sujeito.

O da saúde

A Ordem dos Economistas parece que anda a fazer mal aos ministros do Governo da Nação. Depois de Mário Lino ter aproveitado a sua deslocação à organização coorporativa para definir a Margem Sul como um "deserto" (ao mesmo tempo que brilhou no françês), agora foi o ministro da Saúde a desbocar-se. Eles revelam-se, meus amigos, eles revelam-se na Ordem.

Ao que parece, diz a TSF e eu acredito, o ministro mandou distribuir os medicamentos fora de prazo aos "pobres".

O Ministério já veio desmentir e dizer que não, nem pensar: que se distribuam, aos "pobres", os medicamentos que sobraram e foram entregues nas farmácias, nunca os que estão fora de prazo.

Fora de prazo ou restantes, parece-me de um mau gosto terrivel classificar alguém como "pobre", até porque, a este ritmo, qualquer dia alguém decide mandar esses tais "pobres" para o forno crematório.

Alguém, talvez um dos meus colegas licenciados em Ciência Política, entretanto desempregados, tem que explicar aos senhores ministros que há palavras que não se dizem em público, no exercicio das suas funções: "pobres" e "deserto" são duas delas.

E depois, distribuir restos? Como se faz aos cães, a seguir ao jantar?

22 de junho de 2007

The Simpsons, o filme

Sou um fã incondicional dos Simpsons. Tenho DVD, VHS, livros, bonecos, pijamas, chinelos e um sem número de bla bla bla.

O filme estreia no final de Julho.

Fica aqui um cheirinho.

21 de junho de 2007

Cidadania

Depois da carta ao Ministro das Obras Públicas, eis que Matvey, entusiasmado pelo espírito de participação interventiva na construção de um mundo mais justo, fraterno e redondo, decide prosseguir o seu caminho, acusando, denunciando, exigindo.

Assim, a seguir ao Lino... a Kizomba.

Ontem, quando cheguei à rádio onde trabalho, manhã cedo, por sinal, deparo-me com um ordinário cartaz, este:


Indignado, até porque existe sinalética anunciando "Afixação Proibida", escrevi um e-mail à produção do publicitado evento 'kizombiano'. Dava 24 horas para a total remoção dos cartazes, prazo após o qual alertaria as autoridades. O e-mail, de tão idiota, provocou-me sonoras gargalhadas, mesmo tendo sido eu a escreve-lo. Pensei, convenci-me, da sua total ineficácia. Purro erro. Vejam:



A vitória é nossa!

93 minutos de cinema

Título original: The Bridge
Realizador: Eric Steel

EUA, 2007

Comentário: A Ponte, filme documental, é reconhecido como o melhor trabalho cinematográfico sobre o suicidiou. Parece-me justo o 'galardão'. Sem entrar no sencacionalismo, mas com imagens choque, trata-se de hora e meia de relatos, na primeira pessoa, dos familiares dos 24 homens e mulheres que se suicidaram na ponte de São Francisco, em 2004. Podemos ver muitos desses momentos dramáticos, já que o olhar do realizador seguiu as movimentações na estrutura durante largos meses.

20 de junho de 2007

Marcha Disco

Este rapaz participou no concurso do canal francês M6 "Nouvelle Star". Ele tem uma discoteca na boca. Mesmo! Percam dois minutos de intensa faina e vejam uma aberração.

19 de junho de 2007

13 de junho de 2007

Dentes brilhantes (e uma lição de história)

A Pasta "Medicinal" Couto, responsável pela criação de hábitos de higiene oral em Portugal, cumpre hoje 75 anos de existência ambicionando recuperar, com a mesma imagem de sempre, a primazia no mercado nacional.

Registada a 13 de Junho de 1932, a "Couto" está ainda na memória de muitos portugueses, por ser a pasta que andava "na boca de toda a gente".

O segredo da fórmula da Couto, que foi elaborada por um dentista amigo do gerente fundador da empresa, passa pela utilização de 13 matérias-primas, todas elas importadas, entre as quais o destaque vai para o cálcio, o eugenol (desinfectante com qualidades bactericidas), a hortelã-pimenta, o mentol e o cloreto de potássio, que "evita a queda dos dentes", disse Alberto Gomes da Silva.

Depois de misturados os ingredientes durante cerca de hora e meia numa máquina, a pasta é encaminhada para uns depósitos, onde "fica 24 horas de quarentena". O produto segue então para a máquina de encher as bisnagas, ainda de alumínio e não de plástico, por - frisa o responsável - ser "o material que conserva as qualidades" do dentífrico.

A Pasta Medicinal Couto ainda existe, com direito a
site na internet. À venda no comércio tradicional e algumas farmácias por cerca de 1,70 euros em bisnaga de 60 gramas.

*com Lusa

12 de junho de 2007

Pequeno e tão esperto

Hoje em dia as crianças aprendem cedo a forma como enfrentar o mundo: com jogo de cintura (muito) e chantagem.

Mostrem-se amigos de todos, sim. Não sejam amigos de ninguém, não.

Vejam. Tudo começa nas bolachas.

11 de junho de 2007

A vida ao telefone

Então e aquelas pessoas que, ao telefone, contam todas as maleitas de que padecem?

- Então o número de telefone é o XX XXX XX XX - digo, com a voz mais simpática que consigo produzir, o que equivale a dizer que falei num tom anitpático q.b.

- Só um bocadinho, por favor, é que eu tremo muito da mão direita, apesar de ser canhota. Já fui ao médico e tudo mas ele diz que não sabe do que é. Eu tenho para mim que talvez seja porque eu sou uma pessoa muito nervosa. Enervo-me por tudo e por nada. Ele bem me diz para ter cuidado, para me desligar das coisas, mas eu não consigo. Sou muito atenta. Sempre fui. Já em 1973 estava atenta quando ouvi o meu marido grunhir que nem um porco no momento em que, sem querer, lhe enfiei o dedo no... você imagina onde.

O meu marido era um senhor muito bom, um bocado cabrão, com um cheiro terrivel e um mau feitio que só ele, mas ainda assim, um homem muito bom. Tirando as surras que me dava, claro. Uma vez espancou-me tanto que a seguir aproveitei e fiz uma cabidela comigo mesma. Um senhor muito bondoso.

Já o meu pai não era nada assim. O raio do velho borrava as cuecas de tal maneira, que a minha mãe, coitadinha, passava um mau bocado a esfrega-las no tanque. Que Deus o tenha, que também era filho de Deus, apesar dos peidos.

Eu tremo muito, tremo.

Se não se importa repita o número para eu ver se anotei correctamente.


- XX XXX XX XX


- Ah, desculpe, só mais uma vez. Sabe, eu vejo muito mal e então com números é terrivel. Fiquei assim desde aquela vez em Paço de Arcos. Estava a olhar para um moçambicano que passeava sem roupa pelo jardim junto à Igreja...

- Desculpe - digo, interrompendo a afoita senhora - já tem o número, não tem? É que tenho muito trabalho (disse, pensando que ainda não tinha actualizado o blog) e não posso ficar aqui a ouvir a sua vida.

- Ah, sim, mas não precisa de ser mal educado.



Para ouvir no Podcast

8 de junho de 2007

Onda Choc

Por favor, não contem a ninguém, mas era eu aluno da quarta classe quando subi a um palco e fiz o mesmo que aqueles meninos ao fundo estão a fazer.

A Patrícia, filha que já casaste, cantou e nós dançámos.

"Ela só quer só pena em namorar", dos Onda Choc foi o tema que mudou a minha vida. Para pior, claro.

Reparem, em especial na parte em que, abanando a anca, os 'bailarinos-meninos do coro-parvos-oh meu Deus que eu já fui igual' passam os dedos em frente dos olhos... eu também fiz aquilo!

A coisa correu tão bem (credo) que acabámos por repetir dias depois, sempre para umas centenas de pessoas.

Vesti na altura uma camisa azul estampada (medo).

Ainda hoje não consigo dançar. Acabei de perceber porquê.

PJ

Eu não quero, eu não quero, eu não quero, mas fica dificil resistir, quando o cantor responde pelo nome de Paulo Jorge.

Eu não quero, não quero, mas em breve vou querer.

7 de junho de 2007

Querido diário

Ai que bom que é passar a manhã de feriado ao serviço, num redacção cheia... de nada!

Ninguém quer saber, não é?

4 de junho de 2007

Apresentando Kelly M


Caros leitores, um abraço fraterno deste vosso amigo... rejubilo hoje com a certeza de que o Verão que se aproxima será de sucesso para a música portuguesa.

Como sempre, com a época estival, para lá dos biquinos cavados, das gaiatas mais atrevidas, as vozes mais belas e encantadoras da língua de Camões e da Paula Bobone lançam os seus álbuns de originais.

Perdeu-se o encanto do vinil, mas restou o nacional desafino.

Kelly M nasceu em Montreal, no Canadá, a 10 de Janeiro de um ano que desconheço.

É quase impossível falar de biografia: “Vou avançando na escola de canto, nas artes marciais, e na minha escola regular, mas quero cantar, viajar e encantar. A música sai de dentro de mim, e eu escuto-a no correr do sangue das minhas veias”.

Não imagina o meu ouvinte mais fiel o calor humano que encontro nestas palavras de Kelly M. Tão nova e já percebe que tudo o que entra, acaba por sair.

Cantar é o que mais gosta de fazer mas outras paixões se escondem debaixo dos seus olhos negros, expressivos, belos e reluzentes.

Com um raro e apurado sentido auditivo, a nossa Kelly, encantos mil, de que ouve o luar conversar com os visitantes da cidade onde os pais se fizeram mais que nha nha: o Porto.

Pergunta-se esse vosso amigo... será que no norte a lua também troca os ‘v’s’ pelos ‘b’s’?

Sente-se feliz e começa a voar em palcos de rua, Rádios e Televisões. Nela há a certeza de um talento e de uma combinação especial entre a inocência e a força que brotam do peito de menina ainda no início da sua carreira artística.

“Sou Boneca”, é o álbum que revela uma Kelly quase na puberdade, pois que, como saberão os meus estimados ouvintes, um abraço, amigos fraternos, nas raparigas o acne e demais manifestações chegam mais cedo.

Como é lindo o renascer da magia e do brilho da meninice!

“Sou boneca”... este boneco, que sou eu, apresenta Kelly M...


Kelly M, para ouvir no Podcast da Marcha

3 de junho de 2007

A rádio na primeira pessoa


O Francisco Lobato é o mais conceituado velejador português da actualidade, ocupando o primeiro lugar no ranking Yves le Blevec.

Entre Novembro e Setembro deste ano ele vai realizar a Transat 6,50 – travessia do Atlântico em solitário de França até ao Brasil em barcos de apenas 6,50 metros, com total proibição de contacto exterior.

A actual Transat 6,50, mais conhecida por Mini Transat, foi criada em 1977 por o inglês Bob Salmon e desde aí a prova ocorre de dois em dois anos, sempre em anos impares, mas infelizmente ainda nenhum velejador Português participou, até agora.


Sexta-feira fui entregar à organização da travessia um kit de reportagem rádio, que o Francisco levará consigo durante a longa e solitária viagem. Diariamente o velejador fará um Diário de Bordo audio, que constituirá um documento histórico, gravado na primeira pessoa.

O resultado final das muitas semanas de viagem será depois editado e transmitido. Uma verdadeira viagem, com a rádio a voltar à sua essência.

O desafio maior foi arranjar equipamento suficiente para todo o percurso, conseguindo-o sem roubar muito espaço à pequena embarcação. Foi conseguido.