Em Cabo Verde, na sétima noite após o nascimento de um bebé, junta-se família e amigos (com um ou outro penetra pelo meio, que quer mesmo é comer à borla) e, à meia-noite, canta-se esta canção:
Ô rosto doce de odjo maguado,
Es bo cudado
Botal pa traz
Nhor Dés ta dano um bida de paz
De odjo maguado
Ná, ô menino ná.
sombra rum fuji de li!
Ná, ô menino ná,
Dixa nha fidjo dormi
Sono de bida, sonho de amor
Ou graça, ou dor,
Es ê nós sorte...
Se Deus, más logo, mandano morte,
Quem que tem medo
Ta morrê cedo.
Toma nha ombro, encosta cabeça
Já n'dabo peto,
Amá "ragaz"
Ô espirito doce, ca bo tem pressa
Deta cu jeito
Dormi na paz
Porque raio cantarão eles isso na sétima noite? Porque não na oitava, ou até mesmo na sexta noite?
ResponderEliminarDúvidas metafísicas de lado, a canção não deixa de transbordar doçura :)
É evidente que eu não consigo traduzir à letra este poema... mas dá para entender o sentido e a ternura que o envolve. Tenho saudades desta boa gente
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