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... e das horas que ele nos dá. |
Sobre esse assunto ouvirás dizer que o amor é onde tudo começa e acaba, a melhor coisa da vida e o que faz mover o mundo. Dir-te-ão que nada supera o acto de. Ouvirás tudo isto, o muito mais que te vão contar, e acreditarás.
Depois, sem saberes ao certo como é que a teoria sobre a qual te disseram se realiza na prática, chegará a hora em que julgarás amar alguém. Será cruel, será duro e dramático. Acharás que morres, que assim não pode ser, que sozinho(a) não és capaz. Beijarás e com esse beijo quererás casar, viver feliz para sempre. Afinal, estarás na idade em que o teu eterno é imediato e terminará algures entre o 8º e o 9º ano.
Crescerás, ainda bem e ainda assim. Farás sexo com outra pessoa que não aquela. Não vai ser tão bom quanto tinhas imaginado, mas sobre isso falarás com propriedade. Eis-te chegado(a) ao clube dos que amam abaixo da cintura.
Voltarás a amar mais uma vezes, a apaixonar-te pelo menos - porque entenderás a diferença - e de cada vez olharás para o ridículo do teu passado, do tão estúpido(a) que foste.
Cairás e levantar-te-às. Pensarás ser a última, que desta é que é, que agora nunca mais. E apesar das tuas certezas, andarás em círculos, a fazer hoje o que ontem nem pensar.
Até que um dia repousarás. Perceberás que amor é isto e não aquilo. Nem tão muito como antes, nem tão pouco como depois.
Amar-te-às primeiro e amarás só a quem te ama. Não reverterás a equação. Estarás mais esperto(a), mais atento(a), até mais desconfiado(a). Mas estará pronto(a) para perceber que o teu tempo é o presente.
Porque hoje é o dia e não há momentos certos. Que somos nós que nos temos, mas que também é bom sermos tomados por outro alguém.
Demora o tempo necessário para seres tomado por outro alguém...mas por favor sê feliz.
ResponderEliminarNão te conheço. Entrei neste blog por mero acaso. Fizeste-me chorar. Também eu procuro amar-me primeiro a mim e apenas áqueles que me possam retribuir. Será que nos conseguimos amar a nós sem receber do exterior qualquer reflexo de que somos passíveis de ser amados?
ResponderEliminarÉ um bom ponto, essa questão final que colocas, Marta. Acho que preciso de pensar sobre isso.
ResponderEliminarNão sei é como interpretar as tuas lágrimas... Mas acho que é bom (?) quando o que escrevemos provoca algum tipo de reacção nas pessoas.
Abraço,
N
Chorei porque o texto é deveras profundo. "Até que um dia repousarás"...a partir daqui...é onde estou a lutar por permanecer.
ResponderEliminarContinuaçãõ de bons textos. Irei seguir!
Bem-vinda a casa, então.
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