30 de março de 2007

100 minutos de cinema

Mr. Bean em Férias

Nome original: Mr. Bean's Holiday
Realizador: Steve Bendelack
Intérpretes: Rowan Atkinson, Max Baldry, Emma de Caunes

Reino Unido, 2007

Comentário: Bean, Mr. Bean é premiado com umas tentadoras férias no sol do Sul de França. Deliciado com a ideia, o mais desastrado personagem da britcom, tenta, a todo o custo, chegar ao destino, mas as coisas não lhe correm bem.
Sou suspeito, porque desde sempre que assumo o meu aplauso ao talento de Rowan Atkinson, mas creio não mentir ao afirmar que Bean é uma daquelas figuras que não morre nunca, mesmo depois do actor inglês ter afirmado que esta foi, provavelmente, a última vez que vestiu a pele do desastrado e antiquado personagem.
O filme não tem, não poderia ter, o encanto da série: é diferente condensar humor em 20 minutos, ou distribui-lo por hora e meia, mas é uma comédia que o bom senso diz que deve ser vista, por ser diferente, por ser inglesa, por ser Bean.

29 de março de 2007

Blue pills

Um contabilista que conheço mostrou-me ontem uma curiosa relação de talões de farmácia que um cliente seu apresentou como despesas para a declaração anual de rendimentos.

Organizados por ordem cronológica (do mais antigo para o mais recente) os recibos mostravam a seguinte sequência de aquisições:

- Preservativos 6 unidades

- Viagra 50mg

- Lubrificante 150ml

- Viagra 100mg

- Teste de gravidez


A ordem das coisas é curiosa, só por si, mas procurei estabelecer aqui uma relação e calculo que tenha acontecido mais ou menos assim:

"Ah, que logo vai ser uma festa. Oh meu Deus, não cresce, não cresce. Ah, agora com os comprimidos é que vai ser. Oh meu Deus, não está a resultar, talvez com um lubrificante dê para fazer o serviço sem grande esforço. Ah maravilha, Viagra 100mg? agora sim, que tigre que eu sou. Oh Diabo! Olhe, um teste de gravidez que aquilo foi(-lhe) ao sítio."

From China, with love

Por duas vezes esta semana recebi convites para adicionar à minha lista de contactos do MSN dois e-mails que desconhecia por completo.

Um dos quais dizia respeito a uma Chau Chau que faz gestão de contas e que me perguntou (em inglês) se eu queria investir na China.

O outro era de um empresário Chop Soy que me enviou links para o seu catálogo de produtos contrafeitos.

Deprendo daqui que a lógica é a seguinte: Ah a ASAE apreende tudo o que nós mandamos para aí em contentores? Então levem lá com esta encomenda virtual. Pimba!

Escrevam isto: Com a quantidade de coisas que comemos, temos, defecamos e sei lá mais o quê feitas na China, qualquer dia nascemos todos amarelos, pequeninos e com cara de superfície frontal.
*


*E o que me preocupa mais é o facto dos 'Chinas' terem fama de ter aquela coisa (aquela...) pequenina. Espero que venham sem efeitos retroactivos.

27 de março de 2007

Porquê o espanto?

Conversava esta tarde com uma colega jornalista prestes a voltar ao desemprego (depois de por lá ter estado vários meses) e dei por mim a concluir que o post de ontem é absolutamente desnecessário: Qual é o espanto de termos um ditador como Grande Português, se, no fundo, o país está cheio deles... basta olhar para os conselhos de administração das empresas.

26 de março de 2007

A propósito de Salazar

Para mim não deixa de ser curioso que quando é pedida a opinião dos portugueses sobre quem foi o maior português de sempre, os portugueses votem num homem que não deixava ninguém ter opinião.

Somos um povo que merece uma Sabrina, um Festival da Canção, uma Merche e um Goucha. Aliás, isto não é um país: é um bairro social.

Venham lá os Salazares e já agoras as labregas de bigode e os saloios com a unhaca. E não me venham com a velha teoria do "a democracia está doente", porque por mais doente que esteja (e não está) ela é um valor que não pode ser posto em causa.

24 de março de 2007

Percebemos...

Que a nossa condição social actual é eterna, quando sonhamos que nos sairam 1500 euros no euromilhões e que ainda por cima temos que os dividir com outra pessoa.

Com um jackpot capaz de nos colocar na lista dos "mais ricos", não, sonhamos com 1500 euros.

É que pobre que é pobre até o é nos sonhos!

22 de março de 2007

OTários


Mas 'proqué' que ninguém me explica como raio vão ser gastos não sei quantos milhões de trintões de euros naquela coisa... ai... o aeroporto. Quer dizer, a OTA fica quase tão longe como as Berlengas (ainda que com menos gaivotas, sim) e diz que depois de pronto o aeroporto não se pode expandir.

Então, mas então... porquê? Eu cá acho acho que podiam aproveitar as maternidades e os SAP's que vão encerrar e faziam uma espécia de aeroporto espartilhado. Na Mealhada punham o check in, na Amora o free shop e em Corroios as portas de embarque. Depois criavam uma linha de TGV para unir todos estes pontos à pista, que ficaria para aí na A8 (ao que parece as pistas de aviões têm um bom piso... melhor, pelo menos, que o da auto-estrada do Oeste).

Só vantagens... davam mais dinheiro à Teixeira Duarte ou à Somague e resolviam de vez os problemas da ex-Sorefame, na Amadora (que eu já não posso ver aquele sindicalista, que afinal também é deputado municipal), ao porem os ex-futuros-ex-trabalhadores a tirar os parafusos do separador central da nova pista.

21 de março de 2007

Lá no liceu

A convite de um grupo de alunos fui hoje de manhã a uma escola secundária: sim, dessas mesmo onde não há mais de 10 estudantes que não têm um ar nojentinho, de quem só se sente bem se tiver 10 kg de bijuteria (no caso delas) ou umas calças tão largas nos joelhos como na peida (no caso deles).

Em todo o caso, lá fui eu falar de jornalismo.

Porque sou repetende nesta elevada arte de destruir sonhos de adolescentes, não pude deixar os meus créditos por mãos alheias. Tracei um cenário negro da coisa. Ridicularizei patrões e blasfemei contra as universidades. Calculo que tenha tido sucesso, já que os 'carrapatinhos' riram muito... parvos!

Reparei especialmente no grupo de "yo man, tasse?" que se sentou no fundo da sala e não pude deixar de reparar em como passaram aqueles 50 minutos a escavacar a cadeira e a trocar ideias entre si... provavelmente das suas ficcionadas peripécias sexuais. Na oportunidade dei graças a Deus por nunca ter sido assim.

A dada altura não me contive: "Oh meus... eu sei que a vossa vida sexual inventada deve ser mais interessante do que aquilo que eu estou para aqui a dizer, mas tipo, calem-se que estes são os meus 15 minutos de fama". Caso ou acaso... calaram-se.

13 de março de 2007

AVISO

A todos os visitantes ocasionais: ESTE NÃO É UM PORNO-BLOG!

Compreendam que não vale a pena seguir nesta direcção se o googlismo é "imagens jactos de esperma". A sério, não venham.

Coisas...

Ela apaixonou-se e agora diz que tem o estômago assim:

12 de março de 2007

Gralhinho

Nasceu o Gustavo.

O filho da Gralha e do L. nasceu hoje às 17:48. Um abraço para todos!

Calculo a felicidade, que acredito ser partilhada por todos quantos, como eu, seguiram a gestação do gralhinho ao longo dos últimos meses.

Desespero informático

Com um "olá, obrigado, adeus" à autora do Wonderland Avenue, aqui fica um momento daqueles!

9 de março de 2007

Marcha internacional

Queria daqui mandar um grande abraço a Yoweri Museveni. Recebi uma vista do Uganda. Só pode ser ele.

Força, meu!

Bolo de Arroz

Vamos por partes, boa?

Todas as pastelarias têm bolos de arroz, certo?

Os bolos de arroz são feitos em muitos sítios, em diferentes "fábricas de bolos", certo?

Então, porque é que todos os bolos de arroz têm um papel que diz "especialidade da casa"?

Porque, é óbvio e estranho, o bolo de arroz não pode ser a especialidade de todos os sítios onde o fazem. E se assim fosse, essa pluralidade não eliminaria o efeito "especialidade"?




PS - Hoje a minha cônjuge vai fazer um strogonoff de frango que Avé, mãe pureza...

Aqui vai uma...

Sai um rapaz para o café matinal, aproveitando um breve intervalo na emissão, e quando regressa tem um trambolho à porta da redacção. Quem era? Eu explico.

Aqui há tempos fui abordado por um rapaz, de aspecto suspeito e meio desdentado, que queria que eu, cito, "fizesse uma entrevista". Perguntei: "A quem?". Respondeu: "A mim!". O pretexto era uma banda, da qual ele seria o mentor. Suspeitando que havia coisa (os anos de oficio dão estaleca), numa de bom cristão, disse-lhe, à data, que não era assim que as coisas se faziam. Ele tinha que entregar o CD ou maquete, que as pessoas responsáveis o analisariam e se fosse o caso prestariamos atenção às suas intenções, sendo este um processo demorado.

Confesso que o rapaz não me pareceu particularmente convencido, mas ainda assim lá cortou caminho.

Dias depois aparece novamente: "Ah, eu vinha para a entrevista!". E eu: "Qué?". Repeti a explicação, ainda que num tom mais agressivo. Voltou a seguir caminho.

Eis-nos chegados às 7:15 de hoje.

Regresso de uma rápida injecção de cafeina e dou de caras com o crazy boy à porta da redacção: "Eu vinha para a entrevista. Vou para Castelo Branco porque a minha produtora agendou uma série de concertos e só volto daqui por um ano, que é quando acabo". Enquanto procurava a faca com a qual ele tentaria dar cabo de mim respondo que, "meu caro, já lhe disse que não é assim que trabalhamos". "Mas era uma coisa rápida", prossegue. "Pois, mas não". Segue-se um diálogo cego, sem jeito.

Quando pensava que tinha terminado: "Se não se importasse passava só um papel para eu dar à minha produtora, a provar que estive aqui, para ela não dizer que estou a mentir!". Tive que ser mais duro: "Pois, mas aqui não passamos atestados médicos. Isto não é o centro de saúde".

Derradeira nota, o CD tão pouco é dele ou da banda dele, ou de não sei quem dele. O CD é uma colectânea chamada "Bairro Alto".

8 de março de 2007

50 anos + 1

Nos 50 anos mais um dia da RTP e da televisão em Portugal, uma recordação.

O elenco completo da Rua Sésamo. Saudades.

6 de março de 2007

Coragem Social

A autarquia de Berlim pretende cobrar uma taxa diária às prostitutas da cidade como forma de aumentar as suas receitas, noticia a «Reuters».

Este modelo fora já implementado em Colónia, que arrecadou mais de um milhão de dólares (760 mil euros) no ano passado com este imposto.

Agora é a vez da capital alemã, que pretende assim taxar as prostitutas em 30 euros por cada dia de trabalho.


Fonte: Agência Financeira

5 de março de 2007

?




Não consigo perceber se as manifestações pró e anti Museu Salazar são um sinal de democracia intolerante, ou de democracia saudosista.


Alguém explica?