Sai um rapaz para o café matinal, aproveitando um breve intervalo na emissão, e quando regressa tem um trambolho à porta da redacção. Quem era? Eu explico.
Aqui há tempos fui abordado por um rapaz, de aspecto suspeito e meio desdentado, que queria que eu, cito, "fizesse uma entrevista". Perguntei: "A quem?". Respondeu: "A mim!". O pretexto era uma banda, da qual ele seria o mentor. Suspeitando que havia coisa (os anos de oficio dão estaleca), numa de bom cristão, disse-lhe, à data, que não era assim que as coisas se faziam. Ele tinha que entregar o CD ou maquete, que as pessoas responsáveis o analisariam e se fosse o caso prestariamos atenção às suas intenções, sendo este um processo demorado.
Confesso que o rapaz não me pareceu particularmente convencido, mas ainda assim lá cortou caminho.
Dias depois aparece novamente: "Ah, eu vinha para a entrevista!". E eu: "Qué?". Repeti a explicação, ainda que num tom mais agressivo. Voltou a seguir caminho.
Eis-nos chegados às 7:15 de hoje.
Regresso de uma rápida injecção de cafeina e dou de caras com o crazy boy à porta da redacção: "Eu vinha para a entrevista. Vou para Castelo Branco porque a minha produtora agendou uma série de concertos e só volto daqui por um ano, que é quando acabo". Enquanto procurava a faca com a qual ele tentaria dar cabo de mim respondo que, "meu caro, já lhe disse que não é assim que trabalhamos". "Mas era uma coisa rápida", prossegue. "Pois, mas não". Segue-se um diálogo cego, sem jeito.
Quando pensava que tinha terminado: "Se não se importasse passava só um papel para eu dar à minha produtora, a provar que estive aqui, para ela não dizer que estou a mentir!". Tive que ser mais duro: "Pois, mas aqui não passamos atestados médicos. Isto não é o centro de saúde".
Derradeira nota, o CD tão pouco é dele ou da banda dele, ou de não sei quem dele. O CD é uma colectânea chamada "Bairro Alto".
Aqui há tempos fui abordado por um rapaz, de aspecto suspeito e meio desdentado, que queria que eu, cito, "fizesse uma entrevista". Perguntei: "A quem?". Respondeu: "A mim!". O pretexto era uma banda, da qual ele seria o mentor. Suspeitando que havia coisa (os anos de oficio dão estaleca), numa de bom cristão, disse-lhe, à data, que não era assim que as coisas se faziam. Ele tinha que entregar o CD ou maquete, que as pessoas responsáveis o analisariam e se fosse o caso prestariamos atenção às suas intenções, sendo este um processo demorado.
Confesso que o rapaz não me pareceu particularmente convencido, mas ainda assim lá cortou caminho.
Dias depois aparece novamente: "Ah, eu vinha para a entrevista!". E eu: "Qué?". Repeti a explicação, ainda que num tom mais agressivo. Voltou a seguir caminho.
Eis-nos chegados às 7:15 de hoje.
Regresso de uma rápida injecção de cafeina e dou de caras com o crazy boy à porta da redacção: "Eu vinha para a entrevista. Vou para Castelo Branco porque a minha produtora agendou uma série de concertos e só volto daqui por um ano, que é quando acabo". Enquanto procurava a faca com a qual ele tentaria dar cabo de mim respondo que, "meu caro, já lhe disse que não é assim que trabalhamos". "Mas era uma coisa rápida", prossegue. "Pois, mas não". Segue-se um diálogo cego, sem jeito.
Quando pensava que tinha terminado: "Se não se importasse passava só um papel para eu dar à minha produtora, a provar que estive aqui, para ela não dizer que estou a mentir!". Tive que ser mais duro: "Pois, mas aqui não passamos atestados médicos. Isto não é o centro de saúde".
Derradeira nota, o CD tão pouco é dele ou da banda dele, ou de não sei quem dele. O CD é uma colectânea chamada "Bairro Alto".
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