Em Cabo Verde, na sétima noite após o nascimento de um bebé, junta-se família e amigos (com um ou outro penetra pelo meio, que quer mesmo é comer à borla) e, à meia-noite, canta-se esta canção:
Ô rosto doce de odjo maguado,
Es bo cudado
Botal pa traz
Nhor Dés ta dano um bida de paz
De odjo maguado
Ná, ô menino ná.
sombra rum fuji de li!
Ná, ô menino ná,
Dixa nha fidjo dormi
Sono de bida, sonho de amor
Ou graça, ou dor,
Es ê nós sorte...
Se Deus, más logo, mandano morte,
Quem que tem medo
Ta morrê cedo.
Toma nha ombro, encosta cabeça
Já n'dabo peto,
Amá "ragaz"
Ô espirito doce, ca bo tem pressa
Deta cu jeito
Dormi na paz
2 comentários:
Porque raio cantarão eles isso na sétima noite? Porque não na oitava, ou até mesmo na sexta noite?
Dúvidas metafísicas de lado, a canção não deixa de transbordar doçura :)
É evidente que eu não consigo traduzir à letra este poema... mas dá para entender o sentido e a ternura que o envolve. Tenho saudades desta boa gente
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