E de repente um homem percebe que o chavão "as crianças não mentem" é tão verdade como a relação causa-consequência chocolates-soltura.
Por 'cousas' que não cabem neste espaço passei parte da noite de ontem para hoje encafuado numa urgência hospitalar. Entre a senhora que queria que alguém lhe trocasse "5 euros para poder tirar um café" ou o brasileiro que levou "uma pica no cu", mas que antes, apesar dos exteriores sinais de abichanamento, terá dito "que tinha de ser uma gata a dar a pica", estava um casal com uma pequena Érica.
O maleitado era o pai de família. Tinha a mão ensanguentada e cara de tinto. Nervoso, não sossegava o desatino e entre dentro, fora, dentro, fora, dentro, fora, lá acabou por chamar a atenção deste peão.
Acontece que, como referia, o homem estava acompanhado pela sua medonha esposa e por uma descarada filha:
- Olá. Como chama o senhor? - pergunta-me.
- Nuno e tu chamas-te, deixa cá ver, hum... Érica! Acertei?
- Sim. Olha a garrafa do pai.
- Ai que gira. Tem água ou vinho? *
- Água - e com isto deixa caír a garrafa no chão.
- Oh Érica, daqui a bocado a garrafa parte-se e depois o teu pai fica chateado contigo - aviso, interessado em tentar perceber a percebção da criança sobre a possibilidade do progenitor 'ferver em pouca água'.
- O pai veio cá porque tem uma ferida. Foi a mãe, na mesa.
Responde a mãe, muito aflita:
- Érica, tu também contas as coisas à tua maneira.
Ups.
Por 'cousas' que não cabem neste espaço passei parte da noite de ontem para hoje encafuado numa urgência hospitalar. Entre a senhora que queria que alguém lhe trocasse "5 euros para poder tirar um café" ou o brasileiro que levou "uma pica no cu", mas que antes, apesar dos exteriores sinais de abichanamento, terá dito "que tinha de ser uma gata a dar a pica", estava um casal com uma pequena Érica.
O maleitado era o pai de família. Tinha a mão ensanguentada e cara de tinto. Nervoso, não sossegava o desatino e entre dentro, fora, dentro, fora, dentro, fora, lá acabou por chamar a atenção deste peão.
Acontece que, como referia, o homem estava acompanhado pela sua medonha esposa e por uma descarada filha:
- Olá. Como chama o senhor? - pergunta-me.
- Nuno e tu chamas-te, deixa cá ver, hum... Érica! Acertei?
- Sim. Olha a garrafa do pai.
- Ai que gira. Tem água ou vinho? *
- Água - e com isto deixa caír a garrafa no chão.
- Oh Érica, daqui a bocado a garrafa parte-se e depois o teu pai fica chateado contigo - aviso, interessado em tentar perceber a percebção da criança sobre a possibilidade do progenitor 'ferver em pouca água'.
- O pai veio cá porque tem uma ferida. Foi a mãe, na mesa.
Responde a mãe, muito aflita:
- Érica, tu também contas as coisas à tua maneira.
Ups.
* Este frase não foi dita exactamente nestes termos.
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