2 de abril de 2007

História de uma noite de Globos

Diz que ontem foi noite de Globos de Ouro.

Logo à partida, a falta de originalidade na escolha do nome nunca deixou antever um grande futuro para esta espécie de coisa nenhuma, à portuguesa.

A Bárbara Guimarães, com a aquela sua bocarra que começa no joelho e acaba no cotovelo do Carrilho, pirosa que só ela, passou o tempo todo sem saber o que fazer às mãos, ora aqui, ora ali, ora no raio que a parta, mais aqueles dedos feios.

Os pivots, mal escritos que sei lá, cheios de piadinhas forçadas (às quais ninguém reagia). A Eunice Muñoz velhinha que só ela, sem saber ao certo para onde olhar: “ah é para ali”. O Herman muito chateado, a dizer que a mãe mandava dizer, aquilo que quem disse foi ele. A brasileira das novelas muito feia e com cara de parva e a outra brasileirinha, que de tão linda ficava a destoar numa sala cheia de abutres.

Abutres, sim. Alguém reparou naquelas caras? Assim, badalhoquinhas. Muita dor de corno, muito desassossego púbico, muito desatino mamário.

Já agora, um beijinho para as criancinhas da Luciana Abreu, de quem eu esperava um “Frederico, possui-me à bruta e possui-me já”. Luci, baby, estás-me a falhar.


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