Ana Jorge é a nova ministra da Saúde.
Obrigado.
29 de janeiro de 2008
23 de janeiro de 2008
19 de janeiro de 2008
Correia de Campos, o mau
Ouviram, por certo, a história da criança de dois meses que faleceu à porta da urgência, entretanto fechada, do Hospital de Anadia. Digam o que disserem, diga eu próprio o que disser, mas começa a ser coincidência a mais que sempre que o Governo encerra um serviço, seja maternidade, urgência ou centro de saúde, há sempre qualquer coisa que acontece nos dias ou semanas imediatamente a seguir, que vem dizer, como que em letras gigantes "oh meu, olha a merda que fizeste!"
Das duas uma, ou ministro está mesmo errado, ou então são estes cidadãos que andam apostados em estragar a carreira política ao homem. Não tenho grande dificuldade em admitir que as crianças morrem só para chatear Correia de Campos. Sem grande esforço aceito que as gajas decidem parir à beira da estrada apenas para beliscar a tutela.
Pior do que o Ministro, do que a sua arrogância e cegueira, só mesmo a demagogia. Ainda assim, ela, a demagogia, serve aqui na perfeição. Que se corra com o homem e que se corra já.
Das duas uma, ou ministro está mesmo errado, ou então são estes cidadãos que andam apostados em estragar a carreira política ao homem. Não tenho grande dificuldade em admitir que as crianças morrem só para chatear Correia de Campos. Sem grande esforço aceito que as gajas decidem parir à beira da estrada apenas para beliscar a tutela.
Pior do que o Ministro, do que a sua arrogância e cegueira, só mesmo a demagogia. Ainda assim, ela, a demagogia, serve aqui na perfeição. Que se corra com o homem e que se corra já.
Manifesto
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17 de janeiro de 2008
Verdade
Ouvi ontem, não me recordo a que propósito, tão pouco onde, uma frase que resume bem o status quo da juventude deste país: "Dizem que somos a geração rasca, mas somos, isso sim, a geração à rasca".
9 de janeiro de 2008
Referendo ao Tratado
Sou contra o referendo ao Tratado de Lisboa. Aqui e em qualquer outro Estado membro da União Europeia (sabe-se que à Irlanda, fruto da sua Constituição, não resta outra solução que não seja a realização da consulta popular).
Reparo contudo, com uma dose q.b. de ironia, que a esquerda "das pontas", personificada, neste país, pelos moralistas do Bloco de Esquerda e do PCP, debatem-se pelo dito referendo. Digo "ironia", porque aqui há coisa de um ano, à data de da discussão em torna do aborto, o referendo era, para eles e para o tema, desnecessário.
Não deixa de ser curioso. No fundo, agora é preciso discutir um documento que é um caos linguístico, mas há 12 meses podiamos dizer que sim à IVG sem ouvir os portugueses.
Reparo contudo, com uma dose q.b. de ironia, que a esquerda "das pontas", personificada, neste país, pelos moralistas do Bloco de Esquerda e do PCP, debatem-se pelo dito referendo. Digo "ironia", porque aqui há coisa de um ano, à data de da discussão em torna do aborto, o referendo era, para eles e para o tema, desnecessário.
Não deixa de ser curioso. No fundo, agora é preciso discutir um documento que é um caos linguístico, mas há 12 meses podiamos dizer que sim à IVG sem ouvir os portugueses.
"Podem matar embriões, mas não deixem de discutir direito comunitário".
De súbito a Assembleia da República deixou de ter legitimidade.
De súbito a Assembleia da República deixou de ter legitimidade.
8 de janeiro de 2008
7 de janeiro de 2008
O presidente da ASAE (e este ainda não é o post que há-de vir sobre a nova lei do tabaco)
Andou o homem armado em mosqueteiro, encerrando restaurantes, padarias e supermercados, para agora dar cabo de tudo com a merda duma cigarrilha.
Por mais que António Nunes, presidente da ASAE, tente argumentar a seu favor, e ao faze-lo só agrava o disparate que fez, há algo que se revela uma fatalidade: caiu a imagem de garante da lei, para lá dos interesses.
Era o nosso Homem Aranha e agora é apenas humano.
Por mais que António Nunes, presidente da ASAE, tente argumentar a seu favor, e ao faze-lo só agrava o disparate que fez, há algo que se revela uma fatalidade: caiu a imagem de garante da lei, para lá dos interesses.
Era o nosso Homem Aranha e agora é apenas humano.
3 de janeiro de 2008
A moda de protestar
Quando o protesto vira moda, chega-se ao ponto de contestar a decisão do Governo de encerrar estabelecimentos prisionais.
Depois da suposta intenção do Ministério da Justiça (e note-se que a tutela já desmentiu o rumor) em encerrar a cadeia de Guimarães, um grupo de cidadãos juntou-se e escreveu uma carta ao Governo, onde se manifesta contra a decisão.
Que se conteste o encerramento de SAP's e maternidades, escolas e infantários, eu percebo. Agora, prisões?
Os advogados que subscrevem o documento dizem que ficam muito longe dos seus clientes. Os familiares dos reclusos argumentam que as visitas semanais ficariam dificultadas. Os próprios reclusos consideram... bem, não faço ideia, mas provavelmente que a vista actual não encontra igual nos muros de um qualquer outro EP.
Eu próprio já trabalhei, em regime de voluntariado, num Estabelecimento. Tires, para o caso. O trabalho com reclusos permite-me ter uma visão diferente do funcionamento do sistema prisional do país e afirmar, com alguma certeza, que os reclusos, agentes centrais do tal sistema, gozam de um estatuto durante a clausura, que não deixa de ser curioso.
Sendo certo que não se espera que um preso seja tratado em desrespeito dos seu direitos fundamentais, que o devem proteger, não é menos verdade que do "facilistismo" com que passam pela prisão resulta o total falhanço da reintegração social.
Exemplo: o recluso não pode ser obrigado a trabalhar ou a frequentar qualquer curso de formação profissional. Se assim o entender, o preso pode passar o tempo da pena sem fazer nada. Coça aqui e ali, vê televisão na cela, come, caga e pouco mais.
Falham as condições e as competências de quem trabalha no meio. Falta a legislação mais interventiva.
Assim, a expressão "isto precisa é de levar uma grande volta" cabe aqui na perfeição. Novas leis, novos técnicos, nova motivação e também novos espaços, adequados à realidade dos dias.
Depois da suposta intenção do Ministério da Justiça (e note-se que a tutela já desmentiu o rumor) em encerrar a cadeia de Guimarães, um grupo de cidadãos juntou-se e escreveu uma carta ao Governo, onde se manifesta contra a decisão.
Que se conteste o encerramento de SAP's e maternidades, escolas e infantários, eu percebo. Agora, prisões?
Os advogados que subscrevem o documento dizem que ficam muito longe dos seus clientes. Os familiares dos reclusos argumentam que as visitas semanais ficariam dificultadas. Os próprios reclusos consideram... bem, não faço ideia, mas provavelmente que a vista actual não encontra igual nos muros de um qualquer outro EP.
Eu próprio já trabalhei, em regime de voluntariado, num Estabelecimento. Tires, para o caso. O trabalho com reclusos permite-me ter uma visão diferente do funcionamento do sistema prisional do país e afirmar, com alguma certeza, que os reclusos, agentes centrais do tal sistema, gozam de um estatuto durante a clausura, que não deixa de ser curioso.
Sendo certo que não se espera que um preso seja tratado em desrespeito dos seu direitos fundamentais, que o devem proteger, não é menos verdade que do "facilistismo" com que passam pela prisão resulta o total falhanço da reintegração social.
Exemplo: o recluso não pode ser obrigado a trabalhar ou a frequentar qualquer curso de formação profissional. Se assim o entender, o preso pode passar o tempo da pena sem fazer nada. Coça aqui e ali, vê televisão na cela, come, caga e pouco mais.
Falham as condições e as competências de quem trabalha no meio. Falta a legislação mais interventiva.
Assim, a expressão "isto precisa é de levar uma grande volta" cabe aqui na perfeição. Novas leis, novos técnicos, nova motivação e também novos espaços, adequados à realidade dos dias.
2 de janeiro de 2008
Serviço de Atendimento Permanente
O encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente, um pouco por todo o país, é o mais recente espelho do desconhecimento dos decisores políticos do conceito de "serviço público", ou pelo menos da sua real amplitude.
O acesso ao Serviço Nacional de Saúde enquadra-se num conjunto de condições que o cidadão entende (e justamente) como fazendo parte do leque de serviços que compõem o exercício da sua cidadania. Saúde, justiça e segurança.
Ao negar a proximidade, em horário nocturno, à médico lá da vila, o que o Governo consegue, em troca de uma poupança pouco expressiva no orçamento anual, é criar nas pessoas uma sensação de desamparo.
Para quem vive a 40 km da cidade mais próxima, adormecer sabendo que o médico está de serviço pode ser tranquilizador. Mesmo que, em caso de aperto, o sujeito cuide apenas de fazer o óbvio: transferir o paciente para a unidade central mais próxima, porque ali não tem meios para fazer coisa nenhuma.
Se eu tiver um AVC ou se me parar máquina, uma visita ao Dr. Miguel, por mais simpático que seja "e que Deus o proteja para todo o sempre, que é uma joia de pessoa", mais não servirá do que para atrasar a assistência que só encontrarei num Hospital.
Claro que isto não desculpa a incompetência de quem governa. Aliás, espanta-me o desconhecimento manifesto do princípio que mantém o poder político há séculos: Pão e Circo!
O acesso ao Serviço Nacional de Saúde enquadra-se num conjunto de condições que o cidadão entende (e justamente) como fazendo parte do leque de serviços que compõem o exercício da sua cidadania. Saúde, justiça e segurança.
Ao negar a proximidade, em horário nocturno, à médico lá da vila, o que o Governo consegue, em troca de uma poupança pouco expressiva no orçamento anual, é criar nas pessoas uma sensação de desamparo.
Para quem vive a 40 km da cidade mais próxima, adormecer sabendo que o médico está de serviço pode ser tranquilizador. Mesmo que, em caso de aperto, o sujeito cuide apenas de fazer o óbvio: transferir o paciente para a unidade central mais próxima, porque ali não tem meios para fazer coisa nenhuma.
Se eu tiver um AVC ou se me parar máquina, uma visita ao Dr. Miguel, por mais simpático que seja "e que Deus o proteja para todo o sempre, que é uma joia de pessoa", mais não servirá do que para atrasar a assistência que só encontrarei num Hospital.
Claro que isto não desculpa a incompetência de quem governa. Aliás, espanta-me o desconhecimento manifesto do princípio que mantém o poder político há séculos: Pão e Circo!
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