9 de janeiro de 2008

Referendo ao Tratado

Sou contra o referendo ao Tratado de Lisboa. Aqui e em qualquer outro Estado membro da União Europeia (sabe-se que à Irlanda, fruto da sua Constituição, não resta outra solução que não seja a realização da consulta popular).

Reparo contudo, com uma dose q.b. de ironia, que a esquerda "das pontas", personificada, neste país, pelos moralistas do Bloco de Esquerda e do PCP, debatem-se pelo dito referendo. Digo "ironia", porque aqui há coisa de um ano, à data de da discussão em torna do aborto, o referendo era, para eles e para o tema, desnecessário.

Não deixa de ser curioso. No fundo, agora é preciso discutir um documento que é um caos linguístico, mas há 12 meses podiamos dizer que sim à IVG sem ouvir os portugueses.

"Podem matar embriões, mas não deixem de discutir direito comunitário".

De súbito a Assembleia da República deixou de ter legitimidade.

3 comentários:

gralha disse...

curioso, efectivamente.

penim disse...

também estou de acordo contigo. pondo a questão de uma forma ainda mais básica: eles são eleitos para tomar decisões, e depois fazem referendos? então passem para cá os ordenados ;)

abraço

António Raminhos disse...

E agora com o aeroporto é a mesma mer**. Ah e tal é na OTA? É uma vergonha devia ser em Alcochete! Ai agora é em Alcochete? É uma vergonha diziam que era na OTA. E so on e so on.

AR

www.antonioraminhos.blogspot.com