Muitos dos sítios por onde costumo passar dariam, por princípio, um bom texto. Sempre que venho de viagem cumpro uma espécie de rotina. Bem, pelo menos foi assim que se passou nas três vezes que cheguei de Luanda. Saio do aeroporto, chego a casa, tomo o pequeno almoço, lavo as partes visíveis e invisíveis., mudo de roupa, pego na chave do carro e, ainda o relógio não marca 7 e meia, já estou na estrada.
O primeiro dia é sempre vivido com muita velocidade, como se não quisesse deixar nada por fazer. Vou colando umas actividades com as outras e quase esqueço que fiz sete horas de viagem, dormidas num banco de avião demasiado apertado.
A primeira escala do meu périplo terrestre é a casa das minhas tias. Tenho-as como uma referência, são como "segundas mães" e gosto de lhes bater à porta bem cedo. A cara delas, meio ensonadas, meio surpreendias é priceless.
Sigo depois para o banco. Como o próprio fica ao lado da rádio onde trabalhei muitos anos dou o inevitável toque à colega-amiga que resta na redacção e antes que o banco abra - ainda faltam uns minutos para as oito e meia - já estou no café do Sr. João a beber a primeira bica em muitos meses (existe uma grande diferença entre um café mal tirado e uma bica a sério).
Como tendo ao esquecimento, a Neusa do Millennium acaba por ser, depois dos pais, das tias e da Sandra, uma das primeiras caras que vejo. Por dez minutos dou um ar de emigrante e deposito os dólares que trago de viagem.
A partir daí é um bocado ao improviso, consoante as necessidades mais imediatas. Em Janeiro fui à missa, em Abril ao Corte Inglês e ontem fui à Springfield. Precisava, respectivamente, de paz de espírito, um portátil e roupa para vestir.
3 comentários:
Se em Luanda andas descascado aqui não o podes fazer :)
Então seja bem-vindo, sim? :)
Olha lá, o que foste fazer à Sport Zone, onde por acaso até perdeste o telemóvel? Comprar ténis? Será? LOL
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