Estes dias, do pós-rádio, são de azáfama, acima de tudo, mental. O processo que me leva a largar um sítio no qual passei oito anos, ao mesmo tempo que entro, aos poucos, nem sempre com facilidade, num novo ritmo, numa nova forma de trabalhar, pode ser inquietante. Tento encontrar a certeza da serenidade, mas sei que ela ainda vai demorar a chegar.
Ainda não estou em funções e por um lado agradeço o facto de poder respirar entre redacções. Contudo, ao mesmo tempo (e por outro lado), o tempo livre (não tão livre quanto isso), deixa-me demasiado tempo para pensar e imaginar um futuro que, bem vistas as coisas, é impossivel de imaginar. Lamento-me por isso, embora saiba que nada mais posso fazer, que não contentar-me com o facto de que "é assim e pronto".
Talvez aqui valha a pena dizer para onde vou. E assim perceberão melhor a minha inquietude.
Guardei segredo, até a muitos dos que me rodeiam, por algum pudor em falar de algo que cuidava de não ser certeza. Agora, consumadas as possibilidades, posso revelar, levemente, que parto para Angola.
Tive ontem uma reunião com outros "expatriados" - é assim que nos chamam - e percebi que não sou só eu quem está em processo de separação da pátria, dos amigos e da família, claro. Não sei se me sossegou o ecnontro de tantas as caras estranhas - de onde nascerão, provavelmente, os meus novos amigos. Senti-me, como me sinto sempre em ambientes estranhos, desconfiado. Tendo a desconfiar da novidade, até ela se me entranhar, embora raramente a rejeite.
Hoje foi dia de médico. Trago da consulta um cardápio de vacinas por tomar e recomendações de contexto. Aposto que se perguntasse ao sujeito que me levou 40 euros, "para que país vou eu?", ele não conseguiria responder, a não ser por aproximação.
Tenho planos para quase todos os dias da próxima semana e não sei onde fica a intenção de descansar um pouco.
Vejo-me na vida, com a vida a mudar.
Ainda não estou em funções e por um lado agradeço o facto de poder respirar entre redacções. Contudo, ao mesmo tempo (e por outro lado), o tempo livre (não tão livre quanto isso), deixa-me demasiado tempo para pensar e imaginar um futuro que, bem vistas as coisas, é impossivel de imaginar. Lamento-me por isso, embora saiba que nada mais posso fazer, que não contentar-me com o facto de que "é assim e pronto".
Talvez aqui valha a pena dizer para onde vou. E assim perceberão melhor a minha inquietude.
Guardei segredo, até a muitos dos que me rodeiam, por algum pudor em falar de algo que cuidava de não ser certeza. Agora, consumadas as possibilidades, posso revelar, levemente, que parto para Angola.
Tive ontem uma reunião com outros "expatriados" - é assim que nos chamam - e percebi que não sou só eu quem está em processo de separação da pátria, dos amigos e da família, claro. Não sei se me sossegou o ecnontro de tantas as caras estranhas - de onde nascerão, provavelmente, os meus novos amigos. Senti-me, como me sinto sempre em ambientes estranhos, desconfiado. Tendo a desconfiar da novidade, até ela se me entranhar, embora raramente a rejeite.
Hoje foi dia de médico. Trago da consulta um cardápio de vacinas por tomar e recomendações de contexto. Aposto que se perguntasse ao sujeito que me levou 40 euros, "para que país vou eu?", ele não conseguiria responder, a não ser por aproximação.
Tenho planos para quase todos os dias da próxima semana e não sei onde fica a intenção de descansar um pouco.
Vejo-me na vida, com a vida a mudar.
2 comentários:
Que bom ter uma nova fase, experiência, país, comunidade, clima, projecto profissional pela frente! :D
Espero que corra tudo o melhor possível. Felizmente, a distância na blogosfera é sempre a mesma :)
Bem... e achava eu que a minha mudança de cidade era uma grande coisa.
Vais ver que vai ser bom! E vais ter taaaaanta coisa de que falar!
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