26 de março de 2009

O texto das 5, publicado às 9

Tirei a noite para não dormir. Serão, eventualmente, cinco da manhã – não confio no relógio do computador – e cá estou eu a escrever um texto despido de qualquer interesse para o mundo e contudo cheio de sentido para mim. Isto da escrita tem mesmo qualquer coisa de muito nossa.

Vi quatro filmes. Quer dizer, vi um, outro, mais outro e ainda mais um. Sim, foram mesmo quatro. Mas não todos ao mesmo tempo, claro. Um a seguir aos outros. Estou nisto, acho, desde as 9 da noite ou muito perto disso.

Tenho à minha frente 20 notas de 10 kwanzas e mal pagava um café com elas. Tenho 5 dólares e não faço ideia que uso lhes dar. Nenhum, provavelmente.

Continuo a ler um livro de páginas amarelas, capa rasgada e história que me soa familiar de um outro, acho, mais antigo. Porque é que os padres se apaixonam sempre por meninas inocentes e nunca pelas ‘cabras’ da paróquia?

Não vejo o mail desde depois do almoço.

A luz tem faltado muito e a Tv Cabo deixa de funcionar largas horas. Hoje não faltou, mas estou sem televisão. E é chato quando falta a luz: a aparelhagem (300 dólares me custou) fica para ali a piscar. Pop, Rock, Treble, Bass, Dimmer on, Dimmer off. O que raio é o dimmer?

Queria mesmo queijo feta.

2 comentários:

MissKitsch disse...

Verdade seja dita, a questão dos padres também já me assolou. Ao menos na versão cinema, a Soraia Chaves era uma menina rodada (para pormos as coisas em versão soft)



Bom texto.

Anónimo disse...

Sim e a tua escrita é mesmo muito tua, sem duvida! O que te deu para veres filmes em barda e contar notas nas madrugadas? Falar do livro que não consegues acabar de ler por ser tão interessante, talvez? Dimmer? Não faço ideia... Mas acho que tens de ir a Portugal rapidamente, comer quilos de queijo feta! E na proxima insónia podes bater à porta do quarto ao lado... embora não esteja por lá quase todas as noites! Mas manda sms que eu respondo... quando acordar! :)