7 de janeiro de 2012

Que se seguem

Meio inquieta, e a propósito do texto "Morrer Depois das 8:00", uma amiga de longa data perguntou-me há dias sobre o meu interesse pela morte.

Expliquei-lhe que o tema me suscita curiosidade, essencialmente de um ponto de vista literário.
Tenho sobre a morte, uma postura de não relevo. Relativizo o verdadeiro propósito da nossa existência, tanto quanto pragmatizo a inevitabilidade do seu fim - ou desvalorizo a eventualidade de um regresso após cumprida a matéria (embora não negue a possibilidade).

Depois do dia, os dias seguir-se-ão aos dias, tanto quanto as horas ter-se-ão sucedido em horas, os minutos em minutos, os segundos, os instantes.

No fundo, por mais importantes que nos tenhamos, o mundo não morrerá connosco. É sobre isso que fala este poema de Alberto Caeiro, também ele sugerido pela amiga da inquietação.

Bom fim-de-semana pa bzot tud.

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