O mal de encontrarmos perdida, no meio de uma pasta, uma foto de família com mais de dez anos é que, passando revista, começamos a contar quantos éramos e os que somos. Entre mais velhos que já se foram e mais novos que ainda não se multiplicaram, a conta é necessariamente de subtracção.
As famílias são hoje mais pequenas. Os nossos pais tiveram poucos filhos e nós teremos ainda menos ou nenhuns.
Sequer a possibilidade de nos juntarmos em pose, como nesse retrato, expositor de loja vintage, parece viável, espalhados que estamos por tantos lugares.
Houve um tempo em que quase mensalmente nos reuníamos em irmãos, tios e primos. Uma vez por anos, fazíamo-lo em versão alargada, até ao terceiro grau.
A festa que era foi acabando e hoje é cada vez mais raro encher a mesa, pedir cadeiras ao vizinho (porque as que temos não chegam) ou acordar cedo para uma viagem ao Oeste.
Unia-nos o sentido de Família dos nosso avós e parece que também esse se foi com eles.
1 comentário:
Exactamente como dizes Nuno, as familias são mais pequenas,as bolsas emagreceram, os filhos são mais exigentes, e o governo cada vês nos rouba mais
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