A asquerosa discussão que se seguiu à aprovação, no Parlamento português, da lei sobre a co-adopção mostra bem o estado de desenvolvimento em que ainda nos encontramos. Li gente a defender a institucionalização de crianças, com o argumento de que "pelo menos nas instituições não correm o risco de chegarem à adolescência e serem seduzidos pelos pais". Concluo que, em Maio de 2013, ainda há portugueses que acham impossível uma lésbica ou um gay terem amor pai-filho, mãe-filha, sem que isso implique desejo sexual.
Há gente que precisa de institucionalização, de facto. Em hospitais psiquiátricos.
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Foi criado um portal para denunciar casos de "empregadores sem vergonha". Alguns minutos no site são suficientes para perceber que os casos de abusos laborais se multiplicam e com contornos cada vez mais grotescos. A crise revela-nos como somos, para o bem e para o mal, e é desculpa para muita coisa. Pena que continuemos restritos aos protestos de sofá.
Vou daqui a pouco para o Calhau, visitar uma feira de mulheres, com exposição e venda de produtos tradicionais e artesanato. Boa comida e ainda melhor bebida, assim se espera.
O Porto renova hoje o título.
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Vou daqui a pouco para o Calhau, visitar uma feira de mulheres, com exposição e venda de produtos tradicionais e artesanato. Boa comida e ainda melhor bebida, assim se espera.
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O Porto renova hoje o título.
1 comentário:
Nuno Ferreira, bravo!
Quando veremos os homossexuais serem tratados em Portugal, como pessoas que podem ser bem formadas, com bons princípios e valores éticos? Porque motivo não são merecedores da mesma investigação que é habitual em todos os processos de adoção?
Não concordo com o termo "gay". A maioria é gente séria, cidadãos honestos e só aparentemente alegres. No fundo, são almas infelizes pela arraigada e arcaica segregação de que são vítimas.
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O problema não se circunscreve a Portugal, mas a toda a União Europeia, provado pela reportagem da Euronews de 27/O8, com o título, "Escratura moderna", praticada na Alemanha, país com altíssimo IDH... É repugnante!
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Com que então, "visitar uma feira de mulheres", seu guloso!
Ou seria uma feira de produtos tradicionais e artesanato, organizada por senhoras nativas desta/s ilha/s?
A linguagem jornalística deve ser concisa e assertiva, mas sempre compatível com a precisão e a elegância.
*** Com a maior simpatia...
*** Sarcástica só quando pertinente...
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