30 de setembro de 2006
28 de setembro de 2006
Nota Final
Tento imaginar o que ele pensa:
Despeço-me da conjuntura. Estruturalmente continuo por aqui. Mais um tempo, não muito: Um Homem não se desapega assim de um sítio onde esteve uma vida.
Preciso de tempo para me esquecer da rotina que aprendi a cumprir. Habituei-me a ir, a estar, a voltar. A sentir-me em casa e a andar perdido.
Achei-me capaz de mudar o mundo, depois tentei mudar alguém e passei o restante a procurar perceber-me a mim próprio. Mudar-me (riso abafado). Mudou-me antes o tempo. Carregou-me de passado.
Se hoje me esqueço de quem fui é porque não aguento o peso de tantas luas.
Não sou nostálgico. Não sou, mesmo. Mas compreendam, conjunturalmente já nada me prende: Só as recordações. As que restam, claro.
Muito mais do que os livros que li, os filmes que vi, as músicas que ouvi, a terra que toquei, sou hoje os dias que vivi (sem os livros, os filmes, a música e a terra), os milhares de vezes que abri os olhos, fechei-os e voltei a abri-los. Nunca, até agora, que sou só estrutura, me preocupei com a possibilidade de adormecer e perder... perder “amanhã”.
Deambulei.
Este é o sítio de onde nunca saí: A vida. A minha vida foi (é?) o meu sítio e é nela que me sinto e que sou, talvez pela última vez.
Preciso de tempo para me esquecer da rotina que aprendi a cumprir. Habituei-me a ir, a estar, a voltar. A sentir-me em casa e a andar perdido.
Achei-me capaz de mudar o mundo, depois tentei mudar alguém e passei o restante a procurar perceber-me a mim próprio. Mudar-me (riso abafado). Mudou-me antes o tempo. Carregou-me de passado.
Se hoje me esqueço de quem fui é porque não aguento o peso de tantas luas.
Não sou nostálgico. Não sou, mesmo. Mas compreendam, conjunturalmente já nada me prende: Só as recordações. As que restam, claro.
Muito mais do que os livros que li, os filmes que vi, as músicas que ouvi, a terra que toquei, sou hoje os dias que vivi (sem os livros, os filmes, a música e a terra), os milhares de vezes que abri os olhos, fechei-os e voltei a abri-los. Nunca, até agora, que sou só estrutura, me preocupei com a possibilidade de adormecer e perder... perder “amanhã”.
Deambulei.
Este é o sítio de onde nunca saí: A vida. A minha vida foi (é?) o meu sítio e é nela que me sinto e que sou, talvez pela última vez.
Foto: Tirada em Peniche, em Abril deste ano.
27 de setembro de 2006
26 de setembro de 2006
Oh Caetano...
"Ejaculação é quando o macho de várias espécies animais, principalmente mamíferos, liberam seus espermatozóides para eventualmente fecundar uma fêmea. A ejaculação em algumas espécies inclusive a espécie humana pode ou não ser acompanhada por um orgasmo. Normalmente o homem ejacula 3 a 4 jactos de esperma a 45Km/h."*
Quando ouvirem o último álbum do Caetano Veloso (faixa 10) vão perceber.
* Wikipedia
Manchete do dia
118 minutos de cinema
Voltar
Título original: Volver
Realização: Pedro Almodóvar
Intérpretes: Penélope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas
Espanha, 2006
Comentário: Volver não é, de longe, o melhor filme de Almodóvar, mas depois de Tudo Sobre a Minha Mãe a fasquia está simplesmente alta demais. Do realizador espanhol esperamos sempre alguma promiscuidade e nesse aspecto Voltar corresponde. Falta-lhe alguma ritmo e um maior fio condutor: A afirmação do essencial do enredo é feita tardiamente e a pergunta "mas isto é sobre o quê?" acaba por ser respondida demasiado perto do final. Um filme que vale a pena ser visto, por ser de quem é (com a garantia de boa imagem, boa realização e detalhes de génio, que encerram em si uma beleza que passará despercebida a quem veja Almodóvar como um realizador vulgar) e por uma interpretação simplesmente fantástica de Penelope Cruz - que actriz tu me saíste (andavas tão perdida, filha!).
Pedro Almodóvar é um director de quem é preciso saber-se gostar, mas depois de apreendida a lição, dificilmente alguém se sente defraudado.
25 de setembro de 2006
23 de setembro de 2006
As famosas "Favas com Chouriço", do Cid
"Não sei o que fazer"
"Faz-me favas com chouriço..."
Vão ao minuto e trinta. Coragem.
22 de setembro de 2006
Loirice
Epílogo
“… porque afinal, quantas vezes não [te] perdemos ou deixámo-nos perder na fragilidade dos instantes…”
Podia ser ela a frase de um qualquer parágrafo ‘daquele’ livro. Mas é despida de prefixo ou sufixo. Escrevi-a para que exista agora, só. É ela por ela, como nós próprios somos tantas vezes. Somos aqui e agora, diferentes do antes, necessariamente diferentes do depois. Somos, simplesmente.
O Livro de que te falo: Lugares feitos de uma linguagem demasiado coloquial. Ainda assim, uma boa história entre o “tu” e o “eu”. A prova irrefutável de que não nos controlamos para lá do que conseguimos controlar.
Somos culpados dessa fraqueza que herdámos do eterno passado? Não tanto como somos por acreditar que a liberdade nos pertence. Na liberdade encontramos a necessidade de ter alguém que nos prenda, porque os espaços largos existem para dois.
Quando somos em alguém, somos o nosso reflexo: Tanto gostamos do que vemos, como nos detestamos. A comunhão de emoções falha quando olhamos e sucessivamente não “nos revemos”.
Depois, bem, depois voltamos a olhar para nós próprios, sedentos de Ser, encontramo-nos até nos voltarmos a sentir ausentes. Então, procuramos novo corpo que queira ser reflexo do que já não sabemos se ainda somos. Primeiro o corpo, depois a alma, que é “cousa” mais duradoura.
Seremos sempre nós, pelas recordações do reflexo.
21 de setembro de 2006
A receita do dia
Ingredientes
Uma cama
Lençois lavados
Duas almofadas
VI temporada do Seinfeld, em DVD
Tu
Lençois lavados
Duas almofadas
VI temporada do Seinfeld, em DVD
Tu
Modo de preparação:
Tire o relogío, levante a persiana e deixe entrar luz qb. Coloque o DVD no leitor e regule o volume da televisão para uma posição não muito alta. Misture-se com o lençol e com a companhia, não sem antes ter a certeza que tirou o som dos telemóveis e todos os aparelhos passiveis de perturbar as horas que se seguem.
Desligue-se do mundo.
A meio do dia faça uma pausa para comer... e ok, aproveite para mudar de DVD.
Desligue-se do mundo.
A meio do dia faça uma pausa para comer... e ok, aproveite para mudar de DVD.
Uma piada com destinatário escolhido
20 de setembro de 2006
Furacão Gay
19 de setembro de 2006
Taizé
Procurar reconciliação e paz supõe uma luta interior. Não é um caminho de facilidade. Nada de duradouro se constrói na facilidade.
irmão Roger de Taizé
*Notei, ao ler blogs vizinhos, que eu era completamente omisso sobre Taizé. Uma falha, portanto. Saibam mais.
18 de setembro de 2006
Café
Já repararam quão social é "um café"?
Quantas relações começaram e acabaram num "vamos tomar café"? Quantas vezes nos apaixonámos por alguém com quem um dia "fomos tomar café"? Quantas vezes nos deixámos enganar "por um café"? Quantas vezes desejámos não ter tomado "aquele café"?
Já repararam como um café é tantas vezes pretexto para viver?
16 de setembro de 2006
Agnella
Uma amiga partiu hoje para Londres. Sou um tipo de lágrima fácil e a ideia da partida causa-me tristeza. Sei que ela ia com receio do que encontraria e pena do que deixa.
A minha amiga é tão pura como a água que, nascida, se liberta da fonte. Sei que acha que nem sempre a compreendo e sei também que acredita que sou capaz de a esquecer:
Por Milão, pelo Alentejo, por Peniche, por Lisboa. Pelas noites mal dormidas e pelas manhãs mal acordadas. Pela vez que vimos o sol nascer (e por aquela em que não conseguimos ver nada). Pelos projectos que não resultaram, mas que nos fizeram crescer. Até por aquela noite em que não te aguentavas de pé.
Por Milão, pelo Alentejo, por Peniche, por Lisboa. Pelas noites mal dormidas e pelas manhãs mal acordadas. Pela vez que vimos o sol nascer (e por aquela em que não conseguimos ver nada). Pelos projectos que não resultaram, mas que nos fizeram crescer. Até por aquela noite em que não te aguentavas de pé.
Por ti.
Não foste, ficaste. Ficaste, porque te sentimos perto de nós, mas o teu grupo não será o mesmo enquanto estiveres longe. O jantares não serão iguais. O Paião não cantará da mesma maneira. Os arraiais e a sangria não saberão ao mesmo. Os cigarros de louro vão perder metade do encanto.
Fica aí. Fica para seres feliz. Mas um dia volta. Um dia volta, porque precisamos de ti.
Até já.
Não foste, ficaste. Ficaste, porque te sentimos perto de nós, mas o teu grupo não será o mesmo enquanto estiveres longe. O jantares não serão iguais. O Paião não cantará da mesma maneira. Os arraiais e a sangria não saberão ao mesmo. Os cigarros de louro vão perder metade do encanto.
Fica aí. Fica para seres feliz. Mas um dia volta. Um dia volta, porque precisamos de ti.
Até já.
Sugestão do "chef"
Mais conhecido por "Casa da Sardinha", pela especialidade que oferecia - sardinha assada com batata - a 110$00, o restaurante "O Minhoto" é um daqueles sítios onde se vai se se sai de barriga cheia. No Bairro Alto.
Mais informações, aqui: http://www.ominhoto.com/
15 de setembro de 2006
Vantagens desta profissão maldita
2 amores
"Uma comédia hilariante e com muito amor, marca o regresso da dupla José Pedro Gomes e António Feio ao palco do Teatro Villaret."
... e eu vou ver primeiro que o resto do mundo!
Pipi
Digam-me: é só a mim que me irrita ver a Bárbara Guimarães, com um ar parolo-intelectual-sou-mulher-do-Carrilho-e-já-apresentei-o-Furor, naquele promocional da Sic Notícias ao Páginas Soltas (esse mesmo, em que ela aparece a passear por uma livraria com ar de "Madre Teresa engripada", enquanto lê uma espécie de Ode aos Livros)?
13 de setembro de 2006
Polémico
"Os portugueses poderão recusar legalmente submeter-se a tratamentos médicos com vista ao prolongamento da fase terminal de doença ou a manobras de reanimação se o Parlamento aceitar uma proposta a apresentar pela Associação Portuguesa de Bioética (APB)". Portugal Diário
Já agora, para quando o direito à morte clinicamente assistida?
12 de setembro de 2006
Porto Côvo
11 de setembro de 2006
No 5º aniversário do 11 de Setembro... o que realmente deveria interessar
No seu "Back to Business" a Marcha toma posição...
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