12 de outubro de 2007

De Fátima

Gastar 70 milhões de euros com uma igreja, valor tão disparatado pelo luxo que a obra encerra em si, é não só um extravagância, como também uma negação dos valores de humildade, simplicidade e desprendimento material que Cristo ensinou.

As obras foram pagas com as doações feitas pelos peregrinos? Não tenho a menor dúvida de que um bom cristão gostaria muito mais de ver o seu pouco ser transformado em muito, por intermédio de obra social.

A ostentação que o catolicismo revela, presente no luxo de alguns templos, no requinte de certas vestes, na incredulidade de determinadas hierarquias, espelha uma desvalorização dos princípios do cristianismo, em prol da manutenção de um status quo que mais não faz do que afastar as pessoas da fé.
Talvez seja pelo exposto que, sentido-me cada vez mais próximo de Cristo, encontro-me, cada dia, um pouco mais distante daqueles que não conseguem, sabem ou querem, traduzir em actos as palavras ensaiadas.

2 comentários:

António Raminhos disse...

Amén!

Tó do Samouco

www.samoucoaorubro.blogspot.com

gralha disse...

Como concordo contigo... E eu, que estou por dentro da Igreja, coro até à raiz dos cabelos com todo este aparato, todo este desperdício de dinheiro, de esforço... Por vaidade!