3 de dezembro de 2007

O que é que nos andamos a fazer?

Sem darmos conta estamos a virar hipotecas de nós próprios. Abdicámos da nossa originalidade, em troco de uma existência amplamente sacrificada. Deixámo-nos ao abandono e somos resgatados pelo primeiro bandido que passa.

A geração condenada a ser o futuro da "Nação valente e imortal" é feita, afinal, por uma cambada de sujeitos passivos, de rego pronto a cada cinco tostões.

Indignamo-nos, mas cumprimos. Contestamos, mas aceitamos.

Somos vassalos e escravos e escumalha e lixo. Alguém, parece que a geração que veio antes, usa-nos a seu belo prazer e nós deixamos. Tenho vergonha de mim e de nós, por deixarmos.

Em que momento da história a circunstância deu cabo da nossa rebeldia? Desde quando é que nos comportamos como velhos e aceitamos tudo? Foda-se! Não eramos nós que invadiamos reitorias? Ou são esses quem agora dá cabo do país e lixa-nos a vontade de aspirar a uma digna emancipação?

Existimos a crédito. Com um juro altíssimo.

Pim.

4 comentários:

gralha disse...

Nunca tão informados e contestatários, e nunca tão subservientes...

O que será preciso para que salte a tampa a esta geração (que está surda para tudo, com os auscultadores do iPod sempre enfiados nos ouvidos)?

Pudget disse...

Este post fez-te ganhar o meu respeito e consideração.

Inesa disse...

Não vou comentar porque está tudo dito! A Gralha, aí em cima, sabe que não podia estar mais de acordo com as tuas "sábias" palavras!

Anónimo disse...

subescrevo o post e o comentário da gralha

e é com muita pena e tristeza que o faço