11 de dezembro de 2007

O que é que vais fazer hoje? Ah, vou morrer na estrada!

De 25 de Novembro até hoje já morreram 25 gajos nas estradas. Ou seja, ao volante, os portugueses continuam a morrer que nem uns desvairados.

Enquanto condutor acho que a atitude mais correcta a assumir quando se tem um carro nas mãos é adequar a nossa condução ao tipo de estrada e a uma série de outras condições, psiquicas, físicas e atmosféricas. Em si, isto não é nenhuma novidade, até porque qualquer encartado, por pior que seja, terá levado uma esfrega de retórica à data das aulas de código.

Convencem-me pouco, ou nada, os argumentos de desresponsabilização do condutor. Facilmente culpabilizam-se as estradas, a sinalização ou "os outros".

Certo que a sinalização é deficiente e as vias (A8, meu Deus, o que é isso?) uma desgraça em calças, mas "os outros" somos nós próprios. Afinal, o BMW série 7 que acabou de passar pelo nosso Fiat é apenas um reflexo da atitude tantas vezes negligente que protagonizamos... embora com mais 200 cavalos.

Nunca fui multado por excesso de velocidade, raramente passo os 120 na auto-estrada (até porque o meu Aygo, enfim) e nunca protagonizei ou proporcionei um sinistro.

Creio que, no particular, funciona muito bem o facto de ser um jornalista mal pago: Se for multado não tenho dinheiro para a multa.

2 comentários:

gralha disse...

O factor €€€ realmente modela um pouco a nossa condução porque cada vez que tenho de pintar uma porta do carro ando muito mais cuidadosa a estacionar...

O pior é que a maioria de nós (eu incluída) tende a descarregar as irritações na condução. Nem quero imaginar como será a partir de Janeiro, quando andar tudo stressado por não poder fumar nos locais fechados!

Inesa disse...

Nem quero imaginar o que seria eu com um carro com mais de 1000cc nas mãos...