Digo-me agora preocupado com esta treta do ambiente, mas estou-me a borrifar para a emissão de gases resultante do uso abusivo que faço do meu carro. Não quero saber, nem um pouco, do desperdício energético provocado pelo uso do ar condicionado no local de trabalho, quando abrir a janela resolvia o problema de circulação do ar.
Tenho aquela estranha sensação dos que acham que isto caminha para um ponto sem retorno e inquieta-me que, com temporais em plena Primavera, haja quem assobie para o lado, enquanto murmura "são as alterações climáticas" – mesmo que não saiba o que são "alterações climáticas".
Que mude o tempo, que mude o clima, que chova em Abril, em Maio e em Junho. Que haja Verão em Janeiro e Inverno em Agosto. Sinceramente, não me ralo nada e até acho piada a como as estações enfraqueceram e o tempo se tornou imprevisível. Não contem comigo para manifestações verdes, porque se for a alguma, a condição é ir de carro.
Tem traços bíblicos, o estado da arte. Que futuro estamos, afinal, a preparar para as gerações que se seguem à nossa? Chegámos tarde à corrida para salvar a Terra? Estamos dispostos a abdicar deste conforto que nos é dado pela modernidade?
2 comentários:
Sim, sim, também me irritam um bocadinho os fundamentalismos ecológicos...
...mas não estou a ver outra maneira mais eficaz de convencer as pessoas que estamos mesmo a arruinar o planeta. E eu preocupo-me com as gerações vindouras porque as vejo materializadas no meu filho!
beijinhos esverdeados
eheheh
A ideia de ir a uma manifestação verde de carro (assim um bruto jipe a diesel), é no mínimo "deliciosa"
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