30 de abril de 2009
28 de abril de 2009
Versão adaptada
Como ninguém me passa questionários - e como eu gosto de questionários - fui a um blog concorrente e saquei de lá este. Omito a fonte, até porque o blog não é lá grande coisa.
Questionário
(versão adaptada e reduzida ao meu próprio gosto)
A tua música favorita?
Depende muito do dia. Quando menstruo, por exemplo, prefiro qualquer uma dos Take That. Funcionam como tampão.
O teu livro preferido?
O teu livro preferido?
A Rapariga de Java, de Pramoedya Ananta Toer (e o velho morreu sem ganhar o Nobel, o que é uma injustiça do caraças, se até o Coetzee ganhou).
Que países visitaste?
Que países visitaste?
São 12, ao todo. A saber: Espanha, França, Reino Unido, República Checa, Irlanda, Austria, Bélgica, Itália, Hungria, Holanda, Eslováquia e Angola.
Qual a tua cidade de eleição?
Qual a tua cidade de eleição?
Viena.
Que país te falta conhecer?
Que país te falta conhecer?
Todos os outros, claro.
Sem alarmismo
Portanto, anda um gajo a passar mal em África e afinal nada disto vale a pena porque vamos todos morrer com a gripe do porcos. Muito bem, Senhor Deus. Vejo que tinhas lindas coisas guardadas para mim.
26 de abril de 2009
25 de abril de 2009
Então vá
E é isto. Está vivida a história de 13 dias em Portugal. Resta pouco mais do que apanhar o avião e ver a cidade lá ao longe, até deixar de a ver de todo. Prometo-me a ter no pensamento, naqueles minutos em que Lisboa parece feita à escala, todos os quilómetros que fiz de carro. É que em cada um deles havia a ideia de um reencontro.
Sabem, a vida em Angola não é fácil. Luanda é uma cidade infernal, onde só não falta a confusão. Ao chegar, distante apenas por dias, vou ver partir dois amigos para quem a aventura terminou. E o difícil vai custar um pouco mais. Felizmente sou daqueles que acha que há sempre um sentido, até na privação.
A cada abraço de despedida - e como são sentidos os abraços, desta vez - um suspiro e um murmuro a dois tempos: fica, volta. Eu vou voltar, sim. Vou voltar, claro. Dêem-me só tempo para perceber que é o tempo certo para o fazer.
Dois recados, porém:
Diana, nem que te aleijes, mesmo que dês uma grande queda, lembra-te que é sempre melhor ter uma nódoa negra do que estar anos sem uma história para contar (e não me estou a referir ao teu tornozelo).
Patrícia, cumpre o ritual mas não dependas dele. A vida, a tua, continua aqui e agora. Só aqui e agora.
Amo-vos a todos, mas amo-me a mim ainda mais.
35 do 25
A verdade é que em 74 nem de um para o outro eu andava a saltar. Crescer na liberdade é difícil para quem, como eu, nunca conheceu outro adquirido. Não pelo regime em si, mas porque nunca estamos satisfeitos com coisa nenhuma. Acredito, porém, que realmente duro deve ter sido viver na égide da censura e da repressão.
Não sei mais do que aquilo que os livros e os testemunhos de quem viveu a Revolução me contam e ainda assim Abril emociona-me. Pelos relatos emocionados, pelos discursos de ocasião. Também pelo cinismo e pela hipocrisia.
O país deve ter mudado muito. O que não muda é a génese humana. Desta forma, é legítimo esperar programa. É um disparate acreditar em milagres.
23 de abril de 2009
Sobre as famílias
E éramos tantos que precisávamos de duas mesas. Uma para os miúdos, onde se sentava sempre e também "um dos grandes", porque não cabia na outra. Os miúdos passaram a sê-lo com aspas e mesmos assim, à falta de lugares na mesa dos crescidos continuavam a sentar-se juntos, mas sozinhos, já sem o grande.
De repente, deixou de ser precisa uma segunda mesa. "Se a abrirmos cabemos todos nesta". E cabemos. Daqui por uns tempos - digo-o, sem me comprometer com meses ou anos - talvez deixemos, novamente, de caber.
As famílias são assim, não é? Encolhem e aumentam ao ritmo de quem morre, nasce, chega ou parte. Encolhem e aumentam ao ritmo da vida.
21 de abril de 2009
Em resumo, Sócrates na RTP
Estou aqui todo arrepiadinho com a entrevista do José Sócrates. É impressionante a forma como o homem esteve uma hora a apanhar porrada e aguentou-se sem pestanejar (não literalmente, claro).
A verdade é que pouco ou nenhum sumo sai dos últimos 60 minutos. Agora, ele fez aquilo que se espera de um político ágil. Falou sem se comprometer. Interrompeu a meio das perguntas difíceis. Deixou-se interromper só depois de dar a entender que queria responder.
Ser um grande político - e é-se grande sem se ter grandes políticas - é isto. Sócrates foi maior porque foi um bom estratego. Primeiro optou pelo mais tradicional "se me deixar terminar". Vendo que não resultava - até por ser um lugar demasiado comum - mudou de estratégia e escolheu ridicularizar os entrevistadores. "Não sabia disto, pois não?".
Nada disto é inocente. Quanto mais aparato houver, menos conteúdo é preciso e a memória conserva mais facilmente imagens a palavras. Pena aquele nariz, de facto.
20 de abril de 2009
O tal sobre aquilo
Estava aqui a perguntar à Paula como raio é que lhe disse ontem que ia começar este post. A gaja não se lembra e eu, muito sinceramente, também não.
A questão dos pelos púbicos não é o incómodo que eles causam, mas antes o jeito que dá não os ter por lá.
Se há coisa que me causa transtorno é chegar pela primeira vez ao patamar lá de baixo e deparar-me com uma plantação de couve portuguesa, daquela bem frondosa e onde nem sequer há espaço para a rega. Não é que desista de lavrar a terra, mas dou por mim a inventar uma forma de dizer à pequena que tantas verduras ainda lhe fazem mal. Habitualmente opto por um delicado "epá... isto é que é terra bem adubada!".
Sim, eu prefiro descampados. Compreendem, os meus pais têm casa no Alentejo e eu vivo em África. Estou habituado à planície.
Não se confundam, porém. Há uma diferença entre descampado e terra árida. Tal e qual como há uma diferença entre fazer bem a coisa ou "mais valia teres ficado quieta". Deixar aquilo cheio de erupções não é giro, nem estético, nem apelativo, nem coisa nenhuma. Nunca na vida existirá glamour em redor de uma borbulha cheia de pus.
19 de abril de 2009
18 de abril de 2009
O dia em que voltou a acontecer.
A história tem tanto de estranha como de verdadeira. Ia eu a caminho de Lisboa, com o Largo do Carmo no destino, quando decido parar para abastecer. Por ser a primeira depois da Ponte acabo por escolher a bomba da Total, antes das Amoreiras.
Já com o depósito cheio, de multibanco na mão, sou abordado por um "homem do Norte". O tripeiro - motorista, por sinal - tinha passado a entrada do posto de abastecimento e não fazia a mais pequena ideia de como voltar a passar por lá. Solícito, ofereci-me para ajudar. Entrei na carrinha - coisa que sei ser errado para aí desde os meus 3 anos - e dei as indicações necessárias. Chegados, despedi-me e segui viagem, no meu próprio carro.
Segui viagem e precisei de uma hora para me aperceber que havia deixado para trás a minha pasta. Big mistake, portanto!
Voltei de imediato à bomba e - Jesus Cristo é o Senhor! - o Nando - somos íntimos agora - apercebeu-se do esquecimento e guardou a preciosa bagagem. Fui ter com o sujeito a Santos, esperei que acabasse de jantar, fingi interesse na conversa e lá recuperei o saco e todo o seu conteúdo. A saber, em resumo:
- Passaporte com visto de trabalho
- 2000 dólares de uma colega
- Documentos do carro
Foi a terceira vez, no espaço de oito meses, que perdi a mala. Se calhar tenho um problema.
17 de abril de 2009
Um raminho de rúcula
No périplo que ando a fazer desde há dias, ontem foi dia de jantar com a Paula. Há-de ela me explicar, assim que se revelar sensato, qual a piada de uma pizza com rúcula, mas isso fico, definitivamente, para depois.
Continua boa, a gaja (era isto que querias que escrevesse?) e só não fizemos sexo logo ali - lá em baixo à direita - porque o chão estava molhado e ia ser complicado manter o equilíbrio.
O melhor de tudo é que foi ela a pagar tudo. Afinal, sou um homem moderno que gosta que a mulher se sinta o homem da relação.
Eu não me esqueci dos pintelhos, mas primeiro isto:
Ontem à noite alguém achou que era engraçado roubar o carro do meu pai. O facto dele se ter esquecido da chave na porta é capaz de ter facilitado o furto - não sei, digo eu - e a verdade é que, de repente, o carro desapareceu.
Ora, o mercado do furto é um mercado de gente honesta que faz do larápio um estilo de vida que merece ser respeitado. Assim, não me surpreendeu que, hoje de manhã, a viatura tenha aparecido a 500 metros de casa, absolutamente intacto, apenas com o depósito vazio.
Oportunamente, já chamei a atenção do meu pai. De futuro deve começar a ter mais cuidado com a gasolina. A que havia não deu para mais de 200 quilómetros.
16 de abril de 2009
Jam session
Falta-me tempo para descansar, mas quem disse que é disso que são feitas as melhores férias? Estes são, necessariamente, dias de reencontro e talvez por isso já tenha estado com tanta gente que me faz sentir bem. Ontem foi dia de jantar com a Diana. Entusiasmei-me com as novidades, senti-a mais em nome próprio e fiquei descansado ao ouvi-la falar de si própria e do que a rodeia com um brilho nos olhos (you go, girl!).
Já tenho o tal do Mac e contudo não precisei dele para ao Chiado, ao Camões e ao Bairro Alto. Volto lá hoje, para mais um encontro de amigos. À volta da mesa, dois, três, quatro ou todos aqueles que se quiserem sentar e partilhar conversas sem propósito.
Domingo pego em mim e na Paula (que ontem me perguntou a verdade sobre os pelos púbicos femininos, na douta opinião dos homens) e vamos até Aveiro. Fica o Porto para outros tempos. Afinal, era disto que sentia falta: do improviso.
14 de abril de 2009
Sobre as coisas boas
É tão bom ter manteiga fácil de barrar. Não perder 2 horas de caminho, no caminho para qualquer lugar. Não precisar de explicar o porquê "da visita". Pagar tudo com o multibanco. Comer pão fresco que é mesmo fresco e ter manteiga fácil de barrar (já tinha dito isto, não já?).
Foda-se, é tão bom estar em casa.
Foda-se, é tão bom estar em casa.
12 de abril de 2009
5 de abril de 2009
BR
Há uma altura do ano em que me lembro sempre de ex-colegas, ex-amigos, ex-qualquer coisa. No dia em que o Birthday Reminder avisa que alguém está prestes a fazer anos.
4 de abril de 2009
2 de abril de 2009
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