Estava aqui a perguntar à Paula como raio é que lhe disse ontem que ia começar este post. A gaja não se lembra e eu, muito sinceramente, também não.
A questão dos pelos púbicos não é o incómodo que eles causam, mas antes o jeito que dá não os ter por lá.
Se há coisa que me causa transtorno é chegar pela primeira vez ao patamar lá de baixo e deparar-me com uma plantação de couve portuguesa, daquela bem frondosa e onde nem sequer há espaço para a rega. Não é que desista de lavrar a terra, mas dou por mim a inventar uma forma de dizer à pequena que tantas verduras ainda lhe fazem mal. Habitualmente opto por um delicado "epá... isto é que é terra bem adubada!".
Sim, eu prefiro descampados. Compreendem, os meus pais têm casa no Alentejo e eu vivo em África. Estou habituado à planície.
Não se confundam, porém. Há uma diferença entre descampado e terra árida. Tal e qual como há uma diferença entre fazer bem a coisa ou "mais valia teres ficado quieta". Deixar aquilo cheio de erupções não é giro, nem estético, nem apelativo, nem coisa nenhuma. Nunca na vida existirá glamour em redor de uma borbulha cheia de pus.
4 comentários:
A terra bem a adubada e a habituação à planície! LOOOOL
Tu és capaz de qualquer coisa! Oh meu Deus!
Fizeste-me rir...
Obrigada!
Este post mudou a minha vida...
"Nunca na vida existirá glamour em redor de uma borbulha cheia de pus."
??????????????'
Um verdadeiro poeta e, no entanto, de uma verdade tão perspicaz que até assusta
;)
Não sabias como começar o post e afinal ficámos tão esclarecidas! Disseste tudo...e com muito humor! Obrigada por nos satisfazeres a curiosidade! ;)
Nunca mais terei um momento íntimo normal enquanto me lembrar destas palavras!
Brilhante!
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