A verdade é que em 74 nem de um para o outro eu andava a saltar. Crescer na liberdade é difícil para quem, como eu, nunca conheceu outro adquirido. Não pelo regime em si, mas porque nunca estamos satisfeitos com coisa nenhuma. Acredito, porém, que realmente duro deve ter sido viver na égide da censura e da repressão.
Não sei mais do que aquilo que os livros e os testemunhos de quem viveu a Revolução me contam e ainda assim Abril emociona-me. Pelos relatos emocionados, pelos discursos de ocasião. Também pelo cinismo e pela hipocrisia.
O país deve ter mudado muito. O que não muda é a génese humana. Desta forma, é legítimo esperar programa. É um disparate acreditar em milagres.
1 comentário:
Já somos 2 que ainda não existiam.
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