Trinta dólares fazem toda a diferença num final de tarde angolano. São a quantia certa para aceder a uma hora de massagem nas mãos de uma chinesa – feia e velha, no meu caso, pelo menos – que não só não diz uma palavra em português, como faz questão de passar os 60 minutos a conversar com a compatriota que apertava, em igualdade de circunstâncias, as partes do meu colega do lado (o mesmo que me cortou o cabelo).
Em primeiro lugar, pois que fique bem claro que eu e ele só nos despimos um à frente do outro porque a isso fomos obrigados. Em seguida, percebam que eu não tive nenhuma erecção durante o procedimento. Finalmente, aquela merda soube mesmo bem e foi mais ou menos assim:
A casa não passa despercebida. Quem desce a Samba, rumo à cidade, encontra, do lado direito, um enorme letreiro luminoso anunciando os préstimos de uma “Casa de Chá de Leste”. Não cheguei a perceber se há mesmo chá, mas também não foi para isso que lá fui.
Ao entrar o portão é fácil julgar que se chegou a Xangai, tantos os chineses que se passeiam pelo quintal.
- Fazem massagens? – pergunta o Ricardo, como que desconhecendo a resposta.
- Sim.
- E quanto é?
- Trinta dólares – também já sabíamos esta parte.
Não fomos acompanhados, antes sozinhos, da recepção até à casa. Passámos a porta, entrada para uma sala com ainda mais orientais. Todas com camisola azul e uma inscrição encriptada, talvez a insultar-nos logo à partida.
Não perceberam o que dissemos, mas também não foi preciso. Ali só deve entrar quem vai para o castigo ou para as massagens e nós não tínhamos feito nada de errado.
Já no quarto, para o qual fomos encaminhados por duas “desformosas” – lá na terra delas toda a gente sai feia – o cenário era este: um ar condicionado demasiado frio, duas marquesas baixinhas e uma luz não muito inspiradora. Não foi o pior, até porque ainda não tinham chegado os pijamas.
Equipados, deitámo-nos e compreenderão que daqui por diante fale na primeira pessoa do singular. Abstenho-me de descrever os laivos de prazer que o Ricardo foi tendo (Nota: Rita, é mentira). Alguém arranje uma mulher àquele rapaz!
A Galinha Com Amêndoas (37, € 5,40) começou pela cabeça. A dada altura apertou-me tanto as fontes que estive a segundos de lhe espetar um murro nas trombas. Não consumei o acto porque logo a seguir debruçou-se sobre mim de tal maneira que acreditei ser essa a altura em que passaríamos os dois – eu e ela, portanto – para toda uma outra dimensão de intimidade pélvica (poupei-me aos problemas em casa, portanto).
Braços, pernas, costas e – êxtase - rabo! Nunca a minha pandeireta, por estes dias um enorme eczema, foi tão apertada e apalpada (a dada altura julguei que a mulher estava a bater o funge nas minhas nádegas).
Balanço final: Não me passou a dor nas costas, até porque não tinha as acostas a doer, mas devem ter sido os 30 dólares melhor gastos desde que cheguei a Angola. Não pela massagem, mas pelo tamanho do post que escrevi depois dela.
Em primeiro lugar, pois que fique bem claro que eu e ele só nos despimos um à frente do outro porque a isso fomos obrigados. Em seguida, percebam que eu não tive nenhuma erecção durante o procedimento. Finalmente, aquela merda soube mesmo bem e foi mais ou menos assim:
A casa não passa despercebida. Quem desce a Samba, rumo à cidade, encontra, do lado direito, um enorme letreiro luminoso anunciando os préstimos de uma “Casa de Chá de Leste”. Não cheguei a perceber se há mesmo chá, mas também não foi para isso que lá fui.
Ao entrar o portão é fácil julgar que se chegou a Xangai, tantos os chineses que se passeiam pelo quintal.
- Fazem massagens? – pergunta o Ricardo, como que desconhecendo a resposta.
- Sim.
- E quanto é?
- Trinta dólares – também já sabíamos esta parte.
Não fomos acompanhados, antes sozinhos, da recepção até à casa. Passámos a porta, entrada para uma sala com ainda mais orientais. Todas com camisola azul e uma inscrição encriptada, talvez a insultar-nos logo à partida.
Não perceberam o que dissemos, mas também não foi preciso. Ali só deve entrar quem vai para o castigo ou para as massagens e nós não tínhamos feito nada de errado.
Já no quarto, para o qual fomos encaminhados por duas “desformosas” – lá na terra delas toda a gente sai feia – o cenário era este: um ar condicionado demasiado frio, duas marquesas baixinhas e uma luz não muito inspiradora. Não foi o pior, até porque ainda não tinham chegado os pijamas.
Equipados, deitámo-nos e compreenderão que daqui por diante fale na primeira pessoa do singular. Abstenho-me de descrever os laivos de prazer que o Ricardo foi tendo (Nota: Rita, é mentira). Alguém arranje uma mulher àquele rapaz!
A Galinha Com Amêndoas (37, € 5,40) começou pela cabeça. A dada altura apertou-me tanto as fontes que estive a segundos de lhe espetar um murro nas trombas. Não consumei o acto porque logo a seguir debruçou-se sobre mim de tal maneira que acreditei ser essa a altura em que passaríamos os dois – eu e ela, portanto – para toda uma outra dimensão de intimidade pélvica (poupei-me aos problemas em casa, portanto).
Braços, pernas, costas e – êxtase - rabo! Nunca a minha pandeireta, por estes dias um enorme eczema, foi tão apertada e apalpada (a dada altura julguei que a mulher estava a bater o funge nas minhas nádegas).
Balanço final: Não me passou a dor nas costas, até porque não tinha as acostas a doer, mas devem ter sido os 30 dólares melhor gastos desde que cheguei a Angola. Não pela massagem, mas pelo tamanho do post que escrevi depois dela.
3 comentários:
Pelo menos saiste massajado e ainda por cima com uma fricção no dito do rabiosque! Eu sabia que a curiosidade vos ia fazer ir à Casa de Chá! Se valeu a pena já não perdeste tudo... ehehehe
Deu um post grande e que me fez rir.
:D
Nuno,
mas que grande amassadela, hein? :) estou a ver que ja fizeste cartão de cliente e tudo!
:)
beijo
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