Sempre gostei de croissants e, desde que me lembro, sempre os comi da mesma maneira: com fiambre e manteiga. Não podem ser folhados, têm de ser fofos e frescos. Pego numa metade e começo pela cobertura, estaladiça; dou uma dentada na ponta, na parte sem fiambre ou manteiga; vou mordendo o resto, deixando o pedaço mais alto para o fim.
Ao certo, não sei de onde vem esta paixão por croissants, mas tenho uma ideia.
Quando era mais novo, durante as férias, costumava passar as tardes na escola onde a minha mãe, ainda hoje, dá aulas. Fazia-o pela sala de computadores. Estava horas a jogar “Prince of Persia”. Ao lanche, a minha mãe, ocupada em reuniões, matriculas e essas coisas que se fazem nas escolas quando as salas estão vazias de alunos, levava-me ao bar dos professores (e eu sentia-me tão crescido), onde a funcionária guardava, religiosamente, um croissant… com fiambre e manteiga. Muito mais do que pães-de-leite, sou um homem de croissants e a culpa é da mulher que teve o descaramento de me trazer ao mundo, sabendo como é que isto é.
A minha mãe tem culpa de muita coisa. Tem culpa que eu me tenha tornado um bom aluno a inglês, no dia em que me matriculou na escola de línguas. Tem culpa que eu já tenha sido magro, quando me obrigou a fazer desporto. A minha mãe é a grande culpada de eu gostar de ler e escrever porque, sem nunca me obrigar a faze-lo, comprou-me uma estante e encheu-a de livros. A minha mãe é responsável por eu estar aqui, sentado à frente deste computador, em Cabo Verde, a muitas horas de Pinhal de Frades, do Seixal, da Escola Secundária, dela (deles) e do meu quarto com paredes verdes.
Sou o que sou, porque a minha mãe quis eu fosse o que quisesse ser. E ainda bem.
Parabéns, mãe.
Ao certo, não sei de onde vem esta paixão por croissants, mas tenho uma ideia.
Quando era mais novo, durante as férias, costumava passar as tardes na escola onde a minha mãe, ainda hoje, dá aulas. Fazia-o pela sala de computadores. Estava horas a jogar “Prince of Persia”. Ao lanche, a minha mãe, ocupada em reuniões, matriculas e essas coisas que se fazem nas escolas quando as salas estão vazias de alunos, levava-me ao bar dos professores (e eu sentia-me tão crescido), onde a funcionária guardava, religiosamente, um croissant… com fiambre e manteiga. Muito mais do que pães-de-leite, sou um homem de croissants e a culpa é da mulher que teve o descaramento de me trazer ao mundo, sabendo como é que isto é.
A minha mãe tem culpa de muita coisa. Tem culpa que eu me tenha tornado um bom aluno a inglês, no dia em que me matriculou na escola de línguas. Tem culpa que eu já tenha sido magro, quando me obrigou a fazer desporto. A minha mãe é a grande culpada de eu gostar de ler e escrever porque, sem nunca me obrigar a faze-lo, comprou-me uma estante e encheu-a de livros. A minha mãe é responsável por eu estar aqui, sentado à frente deste computador, em Cabo Verde, a muitas horas de Pinhal de Frades, do Seixal, da Escola Secundária, dela (deles) e do meu quarto com paredes verdes.
Sou o que sou, porque a minha mãe quis eu fosse o que quisesse ser. E ainda bem.
Parabéns, mãe.
4 comentários:
A tua mãe não tem culpa de nada. Tem um filho que é um mimo, mas nunca a culpes por seres o que és! Essa escolha foi e será sempre tua!
Parabéns mãe do Nuno!!!
Nuneco...Eu gosto de croissants..
Parabéns á mãe do Nuneco:)
Dá notícias....Ao menos sei que estás vivo lol
beijinhossss
Leila Wood
Parabéns à mãe do Nuno que faz anos no mesmo dia da minha :):):)
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