3 de outubro de 2011

Teia


Há por aí muita parvoíce. Nos blogues, mostram-se as roupas que se vestem, aquelas que já se vestiram, combinações de saias, tops, blusas, sapatos, malas e demais acessórios. Nas redes sociais, copiam-se  e colam-se estados, como antigamente se reencaminhavam e-mails. 

Anda toda a gente preocupada com a privacidade que tem, que não tem, que perdeu, que vai perder, e decidem discutir o assunto num sítio que tem tudo a ver com partilha e ao qual todos chegámos por vontade própria.

Desocupados, ocupados, desocupados de quem se esperava ocupação, entopem as caixas de comentários dos sites de notícias com ódio destilado.

A Internet dá-nos liberdades. A de expressão e a outra, a de dever estar calado e escolher não o fazer. Espera-se de nós que tenhamos sempre uma opinião e nós temo-la, mesmo que só por ter.

Ligámo-nos uns aos outros, deixámos um rasto que nos persegue, criámos uma vida paralela e, às tantas, deixámos de saber onde começa o virtual e acaba o real.

Sou daqueles que está, um dos que se ligou. Não estou mais do que quero estar, porque, simplesmente, aquilo de meu que cá está não sou eu, apenas parte de mim.


3 comentários:

gralha disse...

Isso é porque tu és um homem muito sensato :)

Anónimo disse...

assim é que me dá entusiasmo vir ler o teu blog...e isso de perder a privacidade sem se ter a noção que se a está a perder cada vez mais, só os tolos acreditam.Beijoca

Anónimo disse...

E agora se isto fosse o fb eu ponha um "gosto".
:)