Do que eu gosto nela é do seu pragmatismo, da certeza que coloca à vida e da forma como, tendo idade para não saber grande coisa a seu respeito, tão bem conhece o chão que pisa.
Do seu talento, dos 19 valores como média de final de curso, da ida para estudar e trabalhar em Nova Iorque, dos prémios e da carreira promissora, não tiro nada, a não ser a naturalidade de quem, satisfeito, já esperava que dali resultasse algo que, podendo não ser nestes termos, se-lo-ia sempre em outros, no mínimo, semelhantes. O que me importa é a assertividade que coloca naquilo que faz.
Vi-a crescer, como quem cresce. Tornar-se mulher, como quem se torna mulher. Fazer-se, como quem se faz. É disso que se trata: ser como quem tem de ser.
Dela ficaria a avó Minda orgulhosa. Do alto do seu metro e cinquenta, sorriria satisfeita por, como era seu desejo, um dos netos ter encontrado na música uma forma de ser feliz.
Boa vida, Inês. Boa vida e boa sorte.
1 comentário:
Boa sorte e tudo de bom para a Inês
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