Cartaz oficial da 17ª edição do Mindelact |
Começa amanhã, no Mindelo, em São Vicente, a décima sétima edição do Mindelact, o festival internacional de teatro da cidade e uma das manifestações culturais mais importantes não só do país, como de toda a região africana em que Cabo Verde se insere.
Não estou a exagerar. São dezenas de grupos teatrais, actores e actrizes com vivências e percursos tão diferentes, como distintos são os países de onde chegam. Espanha, Brasil, Itália, Portugal, França, Marrocos, Angola, Alemanha, Polónia e, claro, Cabo Verde.
Aliás, a peça de abertura do festival, Bodas de Sangue, de Garcia Lorca, é assinada por um colectivo nacional que, esta sexta-feira, estreará a sua quadragésima sexta produção.
Nesta cidade há teatro. Bom e mau, como em tudo. Mas mais importante do que isso, há iniciativa e capacidade.
Para mim, que só cá estou há dois anos, o Mindelact é uma lição: a prova em como, num país tão marcado pela separação entre quem veste de verde e quem equipa de amarelo, se arregaçarmos as mangas, pusermos de lado o discurso fatalista, as guerrilhas pessoais e as diferenças ideológicas, conseguimos resultados de que todos, todos sem excepção, se podem e devem orgulhar.
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