Por favor, não me telefonem. Se tiverem alguma coisa para me dizer, enviem um e-mail, sms, até uma mensagem no Facebook. Telefonar, não.
O telefone tem para mim funções essenciais. Mas telefonar não é uma delas. Não contem por isso com conversas prolongadas ou simpatias extremas.
Restrinjamo-nos ao estritamente necessário: se, à distância, querem mesmo falar comigo - se não podem (ou não sabem) escrever - digam-no rapidamente, sem rodeios. E terminada a empreitada, desliguem na hora. Um "até logo" é suficiente para indicar o fim da conversa.
Por outro lado, se sou eu a telefonar, notem que o faço com um interesse específico. Para perguntar alguma coisa, dar um recado que é mais perceptível dito que escrito, ou confirmar uma informação. Ou seja, poupem nas derivações.
Não encontro, acreditem, ponta de romantismo em telefonemas sussurrados, prolongados no tempo durante horas a fio. Não desvendo, confirmo-vos já, réstia de amabilidade em perguntas de circunstância. Acho até suspeito que queiram saber sobre a minha prima e pior ainda sobre a saúde dos meus gatos.
Se por acaso tentaram falar comigo e eu não atendi, o mais provável é que tenha optado por vos ignorar. Não vos guardo nenhum rancor, não me recordo do grande mal que pensam ter feito (o que quererá dizer que não me fizeram grande mal nenhum). Simplesmente, simplesmente mesmo (e às vezes as coisas são lineares, sim), não quero falar ao telefone.
Temos uma relação difícil eu e ele. O meu telefone de casa, que tive de instalar para poder ter ADSL, está na realidade desligado, arrumado a um canto. E quanto ao telemóvel, é óptimo - fundamental - para aceder à Internet em qualquer lugar.
Num sentido restrito, telefonar é uma seca. Poupem-me ao aborrecimento. Por favor.
3 comentários:
Estou a adorar descobrir a sua escrita!
Obrigado Sandra. Abraço.
não sou a única afinal...Falar ao telefone é mesmo uma seca, as vezes..lol...Bjo
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