Nesta morada, que é minha, mas um bocadinho tua (e de todos os outros leitores, seus invejosos) tratamos as pessoas pelo nome próprio. De resto, foi pelo próprio nome que cheguei a ti, não há tanto tempo quanto isso, mas há distância do continente que nos separa, agora, de casa.
Vais voltar para lá, não é? No enredo que também escreveste, a tua história acaba agora. Sais de cena tão baça como nós, que ficamos. Talvez seja da poeira, embora eu ache que a culpa é do sol, demasiado tórrido. De certa forma, todos perdemos o brilho com que chegámos. Devíamos ter previsto isto. Se calhar, deixámos que a sofreguidão pelo não fracasso nos toldasse a razão.
Lena, contigo, na bagagem imaterial que transportas, vão muito mais de 20 quilos. Fosse isto matéria e seria objecto de muito volume. Não sendo, cabe na descrição que se faz quando se detalha o infinito. Não é exagero. Estaremos juntos, mesmo que apenas na memória perene, daqui até lá ao fundo. Não precisei de me apaixonar por ti, de dormir contigo, de te desejar (não apaixonei, não dormi e não desejei) para te querer o bem.
A casa que partilhámos - com as suas memórias, segredos e 'irrevelações' - ergue-se ainda em homenagem às desventuras do "nós" quase desfeito.
Sabes, isto valeu a pena. Valeu mesmo. E valeu ainda mais porque valeu contigo. Bem vistas as coisas, não nos ficamos por aqui. As pessoas que somos - que somos agora - testemunharão, até nos tornarmos novamente diferentes, que estivemos aqui. Dissemos presente e agora não te digo adeus. Só até já. Lá.
1 comentário:
Oh Nuno,
Sim, baça! Sem o brilho do desafio, da aventura e da possível conquista! Foi assim que nos conhecemos, mas continuámos sempre juntos, apesar da falta de motivação, da desilusão, acabando na constatação da realidade onde estamos, por enquanto, metidos!
Nem tudo é mau porque fazer amigos, e tu Nuno, meu filho adoptivo em oitavo grau, residente na Margem Sul ( pois claro!) estás no meu coração.
Por tudo o que foi, e por tudo o que ainda irá ser tu estás lá!
RITMO CUCAAAAAAA!!!!!
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