Há um lado simpático nas despedidas. Nos momentos seguintes tendem a surgir-nos na memória os momentos bons que nos ligam, de certa forma, à pessoa ou ao lugar que acabámos de deixar. Enfim, é sempre melhor ter a cabeça cheia de coisas boas.
As pessoas fazem os lugares e os lugares vivem das pessoas, mas eles - umas e outros - são também compostos de memórias. Memórias que perduram depois do físico. Há qualquer coisa para lá da matéria.
Nada disto, claro, diminui a tristeza que se sente. Na realidade, apenas nos ajuda a passar pelas despedidas com alguma esperança de que as tais memórias possam encontrar paralelo em novas vivências. Agarramo-nos ao passado porque acreditamos que ele se pode repetir.
Acontece que a história não se repete. Vive-se uma vez. Talvez sejamos capazes de experimentar algo parecido com o nosso passado, mas nunca a sua reedição. Bem vistas as coisas, ainda bem que é assim. Faltar-nos-ia a diversidade.
Lembro-me de um programa de televisão que fechava cada edição com a mesma frase: "A vida é feita de encontros e desencontros". Felizmente temo-nos a nós para contar como foi.
4 comentários:
este é um daqueles posts que deixam sem palavras.
Tanta nostalgia... Devemos agradecer sempre por tudo o que de bom nos aconteceu e não ficar presos pelo medo de não voltar a acontecer. Beijos*
Todas essas experiências servem para nos engrandecer e para percebermos a real importância das pessoas na nossa vida!
Quem fica sente a nostalgia e quem parte fica com o coração apertado. Sim, só se vive uma vez e tenho muito orgulho de te ter conhecido. Não foi uma despedida mas sim um até já, embora sem prazo de validade. Nós contamos como foi e fico à tua espera, aqui na civilização para o reencontro... aqui neste "Ponto de Encontro"! LOL
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