3 de maio de 2009

Crazy mom

Passei a semana a trabalhar num programa dedicado ao dia da mãe e chegado o dia foi preciso entrar num blog vizinho para me lembrar que, afinal, é hoje.
A minha mãe fica muito chocada quando eu arroto à mesa. Não gosta que eu fale demasiado alto ("os vizinhos ainda pensam que isto é uma casa de doidos") ou que finja discursos à janela. Já lhe expliquei que falo alto para ter a certeza de ser ouvido, discurso à janela porque há-de haver alguém a precisar da minha luz e não faço ideia porque é que arroto à mesa.
Ela é chata, porra. Como todas, presumo. Ainda agora, e olhem que estamos separados por muitos quilómetros - o que é óptimo para fazer coisas que ela não aprovaria, sem precisar de me preocupar com a sua aprovação - continua, torna não torna, a recordar-me que a luz é para apagar, os óculos para tirar e a televisão para desligar antes de ir dormir. Oh mãezinha,  tu achas mesmo que eu faço isso tudo só porque tu me dizes para fazer? 
É uma pena não a ter mais perto. Não só porque era ela quem apagava a luz, tirava os óculos e desligava a televisão, mas também porque sou egoísta ao ponto de querer ter o seu abraço logo ali e usa-lo, ao meu próprio gosto, quando muito bem me apetecer.
As mães - a minha, pelo menos, que é o caso que melhor conheço - acham sempre que nós crescemos bem devagarinho (a minha deve-me presumir ainda com 12 anos). Os filhos - eu, pelo menos, que é o caso que conheço melhor - fazem-se de difíceis, até porque acham que qualquer excesso afectivo pode ser confundido com 'mariquice', mas adoram saber que, no matter what, elas vão estar sempre ali, à espreita, prontas para nos recordar que carregaram connosco durante 9 meses. Mesmo que já se tenham passado 26 anos.

3 comentários:

andorinhaavoaavoa disse...

Um beijinho muito grande à mãe dele, que deve ter uma paciência enorme!
Não, ele quase nunca apaga a luz e dorme de óculos!
Ainda faz discursos, não à janela, mas ao nossos ouvidos com dois tons acima do normal, ouve música pimba e grita à Tarzan, de vez em quando!
Mas aqui ninguém acha que somos loucos, nem quando se arrota à mesa!

Sereia disse...

Até tou com uma lagriminha no canto do olho...mas nunca me engnaste, por baixo dessa carcaça está um menino da mamã!

sakura disse...

As mamãs acham sempre que os filhos ainda são umas crianças mesmo depois de terem os seus próprios filhos...coisas de mãe!