
Adiante.
A verdadeira revolução autárquica acontecerá daqui por quatro anos, quando, fruto da actual lei de limitação de mandatos, muitos dos actuais presidentes da Câmara (e de Junta, se quisermos ser justos) abandonarão o poiso. O mandato que se iniciará depois das eleições de 11 de Outubro será, por isso, interessante de acompanhar, com as máquinas partidárias, parece-me óbvio, a lançarem, lá para 2011, os “senhores que se seguem” nos feudos em que este país está dividido.
Nesta corrida, sigo com particular interesse algumas disputas da Área Metropolitana de Lisboa:

O confronto que concentra todas as atenções. Porque é Lisboa, a capital. Porque é Santana (PSD) e porque é Costa (PS). O primeiro equilibrou as contas da autarquia, no seu “meio mandato”, o segundo é um fenómeno de sobrevivência política.

Quando, há dois mandatos, Seara (PSD) ganhou a câmara a Edite Estrela o país político – o seu próprio partido – surpreendeu-se. Ana Gomes (PS) é um “peso pesado” do PS e uma não alinhada. Oito anos depois, estará Seara em forma para resistir à combativa adversária?

Maria Emília de Sousa (CDU) teve um mandato difícil. As obras do metro de superfície deixarem insatisfeitos muitos munícipes. Mas a obra acabou e o ruído silenciou. Maria Emília é uma das veteranas das autarquias. Deve ganhar. A questão é saber que valor político tem Paulo Pedroso (PS), depois da novela onde esteve envolvido.

Incomoda-me sempre um jornalista que concorra a cargos políticos, mas Hernâni Carvalho (PSD) está no seu direito e quanto a isso, nada a fazer. A curiosidade aqui está em saber que credibilidade o eleitorado atribui ao senhor “Crime diz ele”. Susana Amador (PS) não terá uma tarefa fácil, o seu oponente é um notável com grande aceitação popular.

A histórica Socialista enfrenta a sua última batalha eleitoral autárquica. É a luta pela sobrevivência. Apesar de ter maioria absoluta, a margem é agora mais curta. O PSD de Lucília Ferro tem feito uma campanha determinada, em contraponto com a aparente excessiva confiança da obra feita de Maria Amélia Antunes (PS).

Em Oeiras, o interesse está em perceber como é que o eleitorado reage à condenação, em Primeira Instância de Isaltino Morais. O que falará mais alto, afinal? A obra ou os valores?
1 comentário:
Pois..vamos lá ver...
Enviar um comentário