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Feita antes do duelo “Fedorento”, a sondagem prova ainda que Portugal entrou definitivamente na era da televisão. Daqui para a frente, as campanhas e a política serão necessariamente diferentes, ainda que não orbigatoriamente melhores. Os políticos e as máquinas partidárias - com as agências de comunicação que contrataram - perceberam o poder da imagem (perceberão ainda melhor depois das sondagens feitas a seguir ao programa do Ricardo Araújo Pereira e dos outros três) e é por isso que todas as agendas pré-eleitorais convergem num ponto: o boneco televisivo.
Manuela Ferreira Leite pode ser o anti-político, mas o eleitor não quer anti-políticos. O eleitorado quer quem fique bem no ecrã. E Sócrates fica. Assim como fica Louçã (12%). E daqui por diante, venham denuncias, suspeitas e acusações.
Se a política fosse música, os partidos bandas pop e as eleições o Ídolos, ganharia quem tivesse a melhor melodia, mesmo que ninguém percebesse nada a letra.
2 comentários:
É o poder da imagem, my dear!
A questão é mesmo essa, o que interessa é a pessoa e não a política que defende, mas sim a forma como a defende!
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